Resumo
Desde que os Chiquitanos foram oficialmente reconhecidos como povo indígena do Brasil em 1998, foram produzidos mais de vinte livros, artigos e teses em antropologia, linguística e educação sobre eles. Neste artigo, faço uma revisão crítica dessa produção cujo denominador comum é o seu perfil indigenista derivado do contexto que deu origem ao próprio reconhecimento oficial: o problema do acesso à terra e a disputa com os fatores do poder local. Uma leitura com vistas a uma proposta de pesquisa em antropologia histórica e história indígena encontra historicidade nessas condições de produção e, portanto, um objeto e tema da reflexão que apresento nestas páginas.
Palavras-chave: Chiquitanos; Antropologia histórica; Etnogênese; Identidade; Território