INTRODUÇÃO:
A pressão arterial de repouso demonstrou estar associada à mortalidade cardiovascular. O controle autonômico da frequência cardíaca durante a recuperação pós-exercício é estimado para detetar mudanças no sistema cardiovascular, porque tais mudanças podem levar a doenças cardiovasculares. Avaliamos o envolvimento da pressão arterial diastólica de repouso (PAD) na dinâmica da frequência cardíaca após o exercício em homens normalmente ativos fisicamente normotensos.
MÉTODO:
Avaliamos homens saudáveis e fisicamente ativos com idades compreendidas entre os 18 e os 22 anos divididos em dois grupos desiguais: PAD de relaxamento G1 entre 80 e 90 mmHg (n=11) e PAD <80mmHg (n=24). Os voluntários realizaram exercícios físicos em uma esteira com intensidade equivalente a 60% da Vmax. A recuperação da frequência cardíaca no primeiro (HRR1) e terceiro (HRR3) minuto após o exercício foi medida e a variação da frequência cardíaca (VFC) foi examinada no domínio do tempo e da frequência. Além disso, realizamos a análise quantitativa da trama de Poincaré. A VFC foi registrada nas seguintes fases: os períodos de 10 minutos antes do exercício, durante o exercício e os períodos de 60 minutos após o exercício.
RESULTADOS:
Não encontramos diferença significativa entre G1 e G2 em relação às alterações da VFC durante o exercício. O G2 apresentou uma recuperação tardia dos índices SDNN, RMSSD, RRTri, LF, HF, LF/HF, SD1 e SD2 durante a recuperação do exercício. HRR1 e HRR3 foi maior no G2.
CONCLUSÃO:
Homens normais e fisicamente ativos com PAD entre 80 e 90 mmHg apresentaram RHE mais rápida e recuperação mais acelerada do controle autonômico da freqüência cardíaca após o exercício aeróbio.
PALAVRAS-CHAVE:
Pressão arterial; Sistema nervoso autônomo; Fenômenos Fisiológicos Cardiovasculares; Sistema cardiovascular