OBJETIVO: O autoanticorpo anti-PM/Scl foi descrito em pacientes com escleromiosite. No entanto, há escassos estudos avaliando sua prevalência e reatividade em dermatomiosite (DM) e polimiosite (PM).
MÉTODOS: Estudo transversal, num único centro, que avaliou o autoanticorpo anti-PM/Scl em 85 DM e 32 PM, sem síndrome de sobreposição, no período entre 2000 e 2016. Os dados clínicos e os exames complementares foram revisados a partir de registros médicos eletrônicos com informações pré-parametrizadas.
RESULTADOS: A média de idade dos pacientes com DM e PM foi, respectivamente, de 41,1 e 42,8 anos. A presença de anti-PM/Scl foi observada em 5 (5,9%) DM e 2 (6,3%) pacientes com PM. Dois desses pacientes também possuíam o anticorpo anti-Ku. As manifestações clínicas relevantes desses 7 pacientes foram sintomas constitucionais (100% dos casos), envolvimento muscular (100%), pulmonar (85,7%) e articular (71,4%), "mãos mecânicas" (85,7%), fenômeno de Raynaud (85,7 %) e hiperqueratose plantar (85,7%). Os 7 pacientes apresentaram recidivas da atividade da doença, mas, no final do presente estudo, 5 apresentaram resposta clínica completa e 2 remissões completas da doença.
CONCLUSÃO: Há uma baixa freqüência do autoanticorpo anti-PM/Scl em pacientes com DM e PM. Além disso, os pacientes com este autoanticorpo apresentam um padrão semelhante de manifestações para a síndrome da antisintetase.
PALAVRAS CHAVE: Autoanticorpos; dermatomiosite; miosite; polimiosite