OBJETIVO:
O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos do exercício aeróbio praticado regularmente sobre a ansiedade e o VO2max em pacientes com transtorno de pânico.
MÉTODO:
Dez mulheres sedentárias diagnosticadas com transtorno de pânico (TP) realizaram 36 sessões de exercícios aeróbico contínuo (70 a 75% VO2max) em esteira, 3x por semana, durante 12 semanas. Uma avaliação cardiopulmonar (teste ergo-espirométrico) definiu a intensidade do treinamento, bem como estabeleceu valores de VO2max pré e pós-treinamento. A avaliação dos sintomas de ansiedade nos três momentos (controle, 6° e 12° semana), foi realizada utilizando os questionários IDATE-T (Inventário do Traço de Ansiedade), IDATE-S (Inventário do Estado de Ansiedade) e SUDS (Unidades Subjetivas da Escala de Aflição). O teste ANOVA One-way para medidas repetidas (momentos) foi usado para comparar os questionários. O teste Bonferroni post-hoc foi aplicado para identificar as diferenças entre os momentos. As medidas de VO2max foram analisadas através de um teste de "t" dependente.
RESULTADOS:
Os resultados mostraram redução do IDATE-T na 6° e 12° semanas de exercício; no entanto, o IDATE-S e o SUDS monstraram uma redução apenas na 12° semana. O VO2max apresentou melhora significativa após 12 semanas de intervenção em relação à linha de base.
CONCLUSÃO:
Conclui-se que o protocolo adotado foi capaz de promover efeitos benéficos sobre a aptidão cardiorrespiratória e sobre os níveis de ansiedade dos pacientes com transtorno de pânico.
PALAVRAS-CHAVE:
Transtorno de Pânico; Exercício aeróbico; VO2max