Após o surgimento do foco de leishmaniose tegumentar em Solano, Estado de Cojedes, Venezuela, 5% da população possuíam úlceras parasitadas, enquanto que em Mesquita, Estado do Rio de Janeiro, Brasil, 9% apresentavam a doença. Nos dois focos, crianças com menos de seis anos eram acometidas. Não existe diferença significativa na ocorrência da doença entre sexos ou entre trbalhadores domésticso e agricultores. Em solano, 3% dos cães e 28% dos equinos apresentavam lesões paraditadas; em Mesquita estes índices eram de 19,8% e 30,8%, respectivamente. O parasito isolado de humanos, cães e equinos foi identificado como Leishmania (Viannia) braziliensis, através da análise de zimodema e serodema. Neste foco existe uma evidência sugerindo que a leishmaniose é uma zoonose, onde os equinos e os cães seriam os prováveis reservatórios. Entretanto, o ciclo enzoótico silvestre não foram devidamente avaliados. A transmissão nestes focos é provavelmente peridomiciliar, envolvendo vetores ecléticos como Lutzomyia panamensis, na Venezuela, e Lutzomya intermedia, no Brasil. Dados sobre a origem destes focos sugerem que equinos infectados são importantes na disseminação do parasita em área ecologicamente receptivas.
leishmaniose tegumentar; animais domésticos; Venezuela; Brazil