O teste de imunofluorescência indireta (IF) para a detecção de anticorpos anti-Leismania nas classes IgG e IgM foi realizado em soros de indivíduos dos seguintes grupos: 214 pacientes com leismaniose cutânea, quatro pacientes com leismaniose mucocutânea, 28 indivíduos sadios com intradermorreação de Montenegro (IDRM) positiva, 29 indivíduos sadios com IDRM negativa e 16 pacientes com leishmaniose visceral. Os indivíduos dos quatro primeiros grupos eram provenientes de uma área da periferia da cidade do Rio de Janeiro (Jacarepaguá) onde a leishmaniose tegumentar causada por Leishmania braziliensis brasiliensis é endêmica. Entre os pacientes com leishmaniose cutânea foi observado que os títulos de IF-IgM foram significantemente mais altos nos casos com menos de quatro meses de evolução do que em pacientes com períodos mais longos de evolução da doença e que os títulos de IF-IgG foram significantemente mais altos em pacientes com lesões múltiplas do que nos portadores de lesão única. Os pacientes com leishmaniose visceral tiveram títulos de IF-IgG significantemente superiores aos dos pacientes com leishamiose cutânea. zum grupo de 28 indivíduos selecionados entre os 214 pacientes com leishmaniose cutânea tiveram seus títulos de IF (IgG e IgM) comparados aos de dois grupos controles constituídos de indivíduos sadio, moradores na área endêmica com IDRM respectivamente positiva e negativa. Títulos de IF-IgG e IF-IgM significantemente superiores foram encontrados no grupo com doença ativa. O mesmo grupo de pacientes apresentou título de IF-IgG significantemente mais baixos após a terapêutica antimonial do que durante a mesma.
leishmanioses americanas; sorologia; imunofluorescência