A evidenciação da presença de ácido ribonucleico (ARN) viral por eletroforese em gel de policrilamida (EGPA) foi comprovada como um método altamente sensível e rápido para o diagnóstico de infecções por rotavirus. Uma comparação desta prova com a imunomicroscopia eletrônica (IEM) e com o ensaio imunoenzimático (EIE) no exame de 245 fezes de crianças com gastroenterite revelou completa concordancia entre os três ensaios em 238 (97.14%) amostras. Entre 75 amostras positivas pelo menos em um dos três ensaios, resultados negativos foram observados em 5 (6.48%) por EGPA, em 6 (6.76%) por EIE e em nenhum por IEM. Coloração pela prata aumentou consideravelmente a sensibilidade do ensaio por EGPA. Concluímos que embora a IEM ainda seja a prova mais sensível e rápida para o diagnóstico de infecções por rotavirus, o ensaio por EGPA tem muitas vantagens em seu favor, sendo as principais as de não necessitar equipamentos caros, de empregar exclusivamente reagentes quimicamente definidos, de identificar grupos e variantes virais e de detectar amostras que não possuindo antígenos comuns a maioria dos rotavirus, não são reveláveis por ensaios sorológicos.