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Efeito da intensidade do exercício de corrida intermitente 30s:15s no tempo de manutenção no ou próximo do VO2max

Effect of intensity of intermittent running exercise 30s:15s at the time maintenance at or near VO2max

Resumos

O presente estudo comparou o tempo mantido acima de 90% (t90VO2max) e de 95% VO2max (t95VO2max) em três diferentes intensidades de exercício. Após a realização de um teste incremental para determinar o VO2max, oito estudantes de educação física ativos (23 ± 3 anos) executaram três sessões de exercícios intermitentes (100, 110 e 120% da velocidade do VO2max (vVO2max)) com razão esforço:recuperação de 30s:15s. O t95VO2max foi significantemente maior em 110%vVO2max (EI110%) (218,1 ± 81,6 s) quando comparado a 100%vVO2max (EI100%) (91,9 ± 75,2s) e a 120%vVO2max (EI120%) (126,3 ± 29,4 s), porém sem diferença entre EI100% e EI120%. O t90VO2max somente apresentou diferença significante entre EI110% e EI120%. Portanto, conclui-se que durante exercício intermitente com razão 30s:15s, a intensidade de 110%vVO2max apresenta-se mais adequada para manter o VO2 próximo ou no VO2max por um tempo maior.

Desempenho atlético; Tempo de exaustão; Metabolismo energético


The present study compared the time maintained above 90% (t90VO2max) or 95% VO2max (t95VO2max) in three different exercise intensities. After performing an incremental test to determine VO2max, eight physical education active students (23 ± 3 years) performed three intermittent exercise sessions (100, 110 e 120% velocity of VO2max (vVO2max)) with ratio effort:recovery of 30s:15s. The t95%VO2max was significantly higher at 110%vVO2max (EI110%) (218.1 ± 81.6s) compared to 100% vVO2max (EI100%) (91.9 ± 75.2s) and 120%vVO2max (EI120%) (126.3 ± 29.4s), but without differences between EI100% and EI120%. The t90%vVO2max was significantly different only between EI110% and 120%. Therefore, we conclude that during intermittent exercise with ratio 30s:15s, the intensity of 110%vVO2max appears more appropriate to maintain VO2max for a longer time.

Athletic performance; Time to exhaustion; Energy metabolism


ARTIGO ORIGINAL

Efeito da intensidade do exercício de corrida intermitente 30s:15s no tempo de manutenção no ou próximo do VO2max

Effect of intensity of intermittent running exercise 30s:15s at the time maintenance at or near VO2max

Rafael Alves de Aguiar; Jardel Schlickmann; Tiago Turnes; Fabrizio Caputo

Laboratório de Pesquisas em Desempenho Humano, Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Florianópolis, SC, Brasil

Endereço Endereço: Fabrizio Caputo Rua Pascoal Simone, 358 Bairro: Coqueiros Florianópolis SC Brasil 88080-350 Telefone: (48) 3321-8641 Fax: (48) 3321-8607 e-mail: fabriziocaputo@hotmail.com

RESUMO

O presente estudo comparou o tempo mantido acima de 90% (t90VO2max) e de 95% VO2max (t95VO2max) em três diferentes intensidades de exercício. Após a realização de um teste incremental para determinar o VO2max, oito estudantes de educação física ativos (23 ± 3 anos) executaram três sessões de exercícios intermitentes (100, 110 e 120% da velocidade do VO2max (vVO2max)) com razão esforço:recuperação de 30s:15s. O t95VO2max foi significantemente maior em 110%vVO2max (EI110%) (218,1 ± 81,6 s) quando comparado a 100%vVO2max (EI100%) (91,9 ± 75,2s) e a 120%vVO2max (EI120%) (126,3 ± 29,4 s), porém sem diferença entre EI100% e EI120%. O t90VO2max somente apresentou diferença significante entre EI110% e EI120%. Portanto, conclui-se que durante exercício intermitente com razão 30s:15s, a intensidade de 110%vVO2max apresenta-se mais adequada para manter o VO2 próximo ou no VO2max por um tempo maior.

Palavras-chave: Desempenho atlético. Tempo de exaustão. Metabolismo energético.

ABSTRACT

The present study compared the time maintained above 90% (t90VO2max) or 95% VO2max (t95VO2max) in three different exercise intensities. After performing an incremental test to determine VO2max, eight physical education active students (23 ± 3 years) performed three intermittent exercise sessions (100, 110 e 120% velocity of VO2max (vVO2max)) with ratio effort:recovery of 30s:15s. The t95%VO2max was significantly higher at 110%vVO2max (EI110%) (218.1 ± 81.6s) compared to 100% vVO2max (EI100%) (91.9 ± 75.2s) and 120%vVO2max (EI120%) (126.3 ± 29.4s), but without differences between EI100% and EI120%. The t90%vVO2max was significantly different only between EI110% and 120%. Therefore, we conclude that during intermittent exercise with ratio 30s:15s, the intensity of 110%vVO2max appears more appropriate to maintain VO2max for a longer time.

Keywords: Athletic performance. Time to exhaustion. Energy metabolism.

Introdução

O consumo máximo de oxigênio (VO2max) é definido como a maior quantidade de oxigênio que pode ser captada do ar ambiente, transportada e utilizada pelas células durante a atividade física (HILL e LUPTON, 1923; HAWKINS et al., 2007). Dentre as características fisiológicas encontradas em atletas, o VO2max é um dos mais relevantes para determinar a eficiência do sistema cardiorrespiratório, e um importante indicador do desempenho para atletas de provas com alta demanda do sistema aeróbio, como as corridas de fundo e meio fundo no atletismo (BRANDON, 1995; MIDGLEY, MCNAUGHTON e WILKINSON, 2006; MIDGLEY, MCNAUGHTON e JONES, 2007).

Nesse sentido, parece conveniente encontrar métodos de treinamento que melhorem o VO2max. Assim, alguns pesquisadores têm assumido que o treino mais efetivo para modificar esta variável, seria aquele que estimula o indivíduo a manter o maior tempo possível próximo ou na intensidade do VO2max (ROBINSON et al., 1991; MIDGLEY e MC NAUGHTON, 2006). Este tipo de treinamento pode sobrecarregar ao máximo as estruturas orgânicas que limitam o VO2max, proporcionando um estímulo ideal para a adaptação fisiológica (MIDGLEY e MC NAUGHTON, 2006). Tem sido assumido que o tempo mantido em altos percentuais do VO2max, acima de 90% (t90VO2max) ou 95% do VO2max(t95VO2max) (DUPONT et al., 2002; MIDGLEY e MC NAUGHTON, 2006), poderia ser usado como um critério relevante para caracterizar e analisar o estímulo do exercício.

Alguns estudos preconizam que o aumento na intensidade do treinamento é a principal forma de conseguimos adaptações no VO2max (FOX et al., 1973; WENGER e BELL, 1986; IAIA e BANGSBO, 2010). Deste modo, o exercício intermitente (EI), que é caracterizado por períodos de esforço intercalados por períodos de recuperação, pode ser uma excelente forma para intensificar os treinamentos e melhorar a potência aeróbia (DE LUCAS, DENADAI e GRECO, 2009). Intensidades supramáximas (i.e. acima da velocidade do VO2max (vVO2max)) podem ser mais adequadas durante EI com baixa duração de esforço (< 30s), visto que intensidades menores podem manter pouco tempo próximo ou no VO2max, ou ainda ser insuficiente para alcançá-lo (GOROSTIAGA et al., 1991; MILLET, CANDAU et al., 2003).

Baseado nos pressupostos acima, diferentes estudos analisaram o efeito da intensidade do exercício intermitente no tVO2max utilizando uma razão esforço:recuperação de 1:1, sendo 30s:30s (BILLAT, SLAWINSKI et al., 2000; MILLET, LIBICZ et al., 2003; THEVENET et al., 2008), ou 15s:15s (BILLAT et al., 2001; DUPONT et al., 2002). Contudo, a razão esforço:recuperação de 2:1 apresentou melhores resultados para t95VO2max do que exercícios com razão esforço:pausa de 1:1 (MILLET, CANDAU et al., 2003). Assim, a utilização de 30s de esforço intercalados por 15s de recuperação, pode ser um ótimo estímulo para aumentar o tempo mantido em altos percentuais do VO2max, visto que, 30s de esforço é suficiente para o VO2 alcançar o seu valor máximo após algumas séries de exercício (THEVENET et al., 2007). Além disso, um menor tempo de recuperação (15s) permite manter o VO2 ainda elevado ao final da recuperação, fazendo com que o tempo para alcançar novamente o VO2max seja reduzido durante a série subseqüente (DUPONT et al., 2002).

Portanto, este estudo tem como objetivo verificar o efeito de três diferentes intensidades de exercício (100, 110 e 120% da vVO2max) sobre o t90VO2max e t95VO2max durante exercício de corrida intermitente com esforço:recuperação de 30s:15s.

Métodos

Sujeitos

Participaram deste estudo oito estudantes de educação física (23 ± 3 anos; 79,8 ± 9,3 kg e 176 ± 5 cm) praticantes de atividade física no mínimo duas vezes por semana. Os sujeitos não possuíam nenhum tipo de lesão, não fumavam nem faziam uso regular de qualquer medicamento. Todos os sujeitos foram informados sobre os objetivos, procedimentos da pesquisa e dos possíveis riscos envolvidos no estudo e logo após assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido, concordando em participar voluntariamente da pesquisa. O estudo foi autorizado pelo Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos da instituição na qual a pesquisa foi realizada sob o nº 100/2010.

Delineamento experimental

Cada sujeito visitou o laboratório em quatro ocasiões, com intervalo de no mínimo 48h entre as seções, finalizando o período de coleta em no máximo duas semanas. Todos os testes foram executados em uma esteira motorizada (INBRAMED Millenium Super Atl, Porto Alegre, Brasil) com 1% de inclinação. O VO2 foi mensurado respiração a respiração durante todos os testes a partir do gás expirado (Quark PFTergo – Cosmed Srl, Roma, Itália). O analisador de gases foi calibrado antes de cada teste usando o ar ambiente e concentrações conhecidas dos gases O2 (16%) e CO2 (5%) de acordo com as instruções do fabricante. A turbina do analisador foi calibrada por meio de uma seringa com volume de três litros. Em todas as visitas, amostras de 25µL de sangue capilar do lóbulo da orelha foram coletadas imediatamente, 3 e 5min após o término dos testes para determinar as máximas concentrações de lactato sanguíneo ([Lac]pico). Nos casos em que a concentração de lactato sanguíneo no quinto minuto após o exercício foi maior que o terceiro minuto, uma amostra adicional no sétimo minuto após o exercício foi coletada para confirmação do [Lac]pico. As amostras de sangue foram imediatamente analisadas usando o aparelho YSI 1500 SELECT (Yellow Springs, Ohio, EUA). Antes de cada teste, o analisador de lactato foi calibrado com uma solução padrão de lactato (5mM).

Visita 1 – Determinação do VO2max e vVO2max

O VO2max e a vVO2max foram determinados a partir de um teste incremental em esteira rolante. A velocidade inicial da esteira foi fixada em 8km.h-1 e aumentada em 0,5km.h-1 a cada minuto, até que o sujeito encerrasse o teste devido à exaustão voluntária. Os dados do VO2 (respiração a respiração) foram reduzidos à média de 15s, sendo que o maior valor foi considerado como o VO2max. Como critérios para a determinação do VO2max foram utilizados o aparecimento de um estado estável do VO2 apesar de um aumento na velocidade (aumento no VO2 < 150ml.min-1) ou quando dois ou mais dos seguintes critérios foram observados: (1) quociente respiratório maior que 1,1; (2) visível exaustão; (3) freqüência cardíaca ao final do teste dentro de 10bpm do valor máximo predito (220 – idade); e (4) concentração de lactato sanguíneo ao final do exercício maior que 8mmol.l-1. A vVO2max foi a velocidade mínima em que o VO2max foi atingido (BILLAT et al., 1994). Nos casos em que o sujeito interrompeu o teste antes de finalizar um estágio do protocolo, a velocidade final foi corrigida por meio da fração do tempo gasto no estágio até o VO2max ser alcançado multiplicado por 0,5km.h-1.

Visitas 2,3 e 4 – Corrida intermitente a 100, 110 e 120% da vVO2max

Nas visitas 2, 3 e 4, após 10min de aquecimento a 65%vVO2max e 5min de repouso passivo, os sujeitos executaram três sessões de exercícios intermitentes de 30s de corrida a 100% vVO2max (EI100%), 110% vVO2max (EI110%) e 120% vVO2max (EI120%), alternados com 15s de recuperação passiva. Todos os testes foram realizados até a exaustão voluntária e em ordem aleatória. Para entrada e saída da esteira, o sujeito se apoiava segurando nas barras laterais e posicionava seus pés fora do tapete da esteira. O tempo de exaustão (Tlim) foi determinado como o tempo em que o sujeito executou a corrida, não incluindo o tempo de recuperação. A distância percorrida (Dlim) foi determinada como a distância total realizada durante o exercício intermitente. O VO2 durante o exercício foi fixado em valores médios de 5s, assim, o t95VO2max e o t90VO2max foram determinados como a somatória de tempo durante o protocolo intermitente em que o VO2 > 95% do VO2max e o VO2 > 90% do VO2max do teste incremental, respectivamente. Além disso, o VO2pico foi determinado como a maior média de dois valores consecutivos de 5s.

Análise estatística

Os dados foram expressos como média ± DP. A normalidade das variáveis determinadas neste estudo foi analisada pelo teste de Shapiro Wilk. A análise de variância ANOVA one-way, complementada pelo teste de Tukey, foi utilizada para comparar o VO2max e a [lac]pico do teste incremental com o VO2pico e a [lac]pico nas diferentes sessões de exercício intermitente. Além disso, foi utilizada para comparar o Tlim, Dlim, t90VO2max e t95VO2max entre as diferentes sessões de exercício intermitente. O teste de correlação de Pearson foi utilizado para verificar a associação entre as variáveis. Em todos os testes foi adotado um nível de significância de p < 0,05.

Resultados

Teste incremental

Seis dos oito sujeitos apresentaram um estado estável no VO2 e os outros dois sujeitos apresentaram três dos critérios mencionados acima. Os valores médios do VO2max e [lac]pico do teste incremental estão descritos na tabela 1. Os valores médios da vVO2max, tempo de exaustão e freqüência cardíaca máxima do teste incremental foram: 14,3 ± 1,2 km.h-1, 13,5 ± 2,2 min e 192 ± 5 bpm, respectivamente.

Variáveis do exercício intermitente

Na tabela 1 apresentam-se os dados obtidos a partir dos três testes de corrida intermitente. Não ocorreu diferença no VO2pico entre os três exercícios intermitentes. Além disso, estes não foram diferentes do VO2max obtido no teste incremental (p = 0,144). Em EI100%, o tempo total, tempo de exercício, quantidade de séries executadas e distância percorrida foram significantemente maiores que em EI110% e EI120% (p < 0,001). Ainda, estas variáveis foram significantemente maiores em EI110% quando comparadas a EI120% (p < 0,001).

t90VO2max e t95VO2max

Na Figura 1 é demonstrado o tempo mantido acima de 90% (t90VO2max) e 95% (t95VO2max) do VO2max em valores absolutos e relativos ao Tlim a 100, 110 e 120% da vVO2max. Diferenças significantes foram encontradas no t95VO2max entre EI110% e EI100% (p = 0,01), EI110% e EI120% (p < 0,05), porém não entre EI120% e EI100% (p = 0,6). Quando t95VO2max em valores relativos foi analisado, EI120% e EI110% apresentaram valores significantemente maiores quando comparado a EI100% (p < 0,001), entretanto sem diferenças entre as duas intensidades (p = 0,08). Em relação ao valor absoluto de t90VO2max, EI110% foi significantemente maior quando comparado a EI120% (p < 0,05), entretanto, EI100% não apresentou diferença em relação a EI110% (p = 0,51) e EI120% (p = 0,15). Quando o t90VO2max foi analisado em percentual do Tlim, EI120% e EI110% foram significantemente maiores que EI100% (p < 0,001), sem diferenças entre EI120% e EI110% (p = 0,97). A Figura 2 apresenta um exemplo da resposta do VO2 durante EI100%, EI110% e EI120%.



Discussão

O propósito deste estudo foi analisar o efeito de três diferentes intensidades de exercício (100, 110 e 120% da vVO2max) sobre o tempo mantido acima de 90% ou 95% do VO2max durante exercício intermitente com esforço:recuperação de 30s:15s. Os resultados revelaram que durante EI110% o VO2 permaneceu por um tempo maior sendo mantido em percentuais próximos ao VO2max. Portanto, dentre as intensidades analisadas, 110%vVO2max no exercício realizado com esforço:recuperação de 30s:15s parece ser a melhor intensidade durante sessões de treinamento intermitente no qual o objetivo é aumentar o VO2max.

Alguns estudos têm sugerido que a utilização de uma recuperação passiva durante exercícios intermitentes poderia dificultar o alcance do VO2max (GOROSTIAGA et al., 1991; TURNER et al., 2006). Entretanto, este aspecto somente foi analisado em exercícios intermitentes com taxa de esforço:recuperação < 1:1 e com tempo de exercício < 30s. No presente trabalho, o exercício intermitente com taxa de esforço:recuperação de 2:1 e tempo de exercício igual a 30s foi suficiente para que o VO2 alcançasse o VO2max do teste incremental nas três intensidades analisadas (100, 110 e 120% da vVO2max). No entanto, mesmo as três intensidades sendo suficientes para alcançar o VO2max, elas apresentaram diferenças no tempo de manutenção em altos percentuais do VO2max (i.e. acima de 90%VO2max), fato este possivelmente relacionado à flutuação do consumo de oxigênio durante os períodos de esforço e recuperação, bem como diferenças no Tlim.

Durante o EI de alta intensidade (> vVO2max), a energia para execução do exercício é gerada pelo metabolismo anaeróbio, derivada principalmente da creatina fosfato (CF) (SPRIET, HOWLETT e HEIGENHAUSER, 2000), e pelo metabolismo aeróbio, através dos estoques de O2 ligados a mioglobina (ESSEN, HAGENFELDT e KAIJSER, 1977). Portanto, o VO2 durante os períodos de recuperação estão intimamente ligados a reposição parcial desses estoques (BORSHEIM e BAHR, 2003). Spriet et al. observaram que quanto maior a intensidade do exercício, maior a quebra dos estoques de CF, assim, é possível que este aspecto esteja relacionado ao maior VO2 na recuperação em intensidades mais elevadas (BORSHEIM e BAHR, 2003). O comportamento do VO2 durante a recuperação estaria associado a uma maior ressíntese da CF e na restauração dos estoques de O2 da mioglobina, que possivelmente são mais utilizados em intensidades mais elevadas (Figura 2). Além disso, é importante destacar uma progressiva aceleração na cinética do VO2 com o aumento da intensidade do exercício contínuo em indivíduos ativos (BILLAT, MORTON et al., 2000; HILL, POOLE e SMITH, 2002), como também uma aceleração ocasionada pelo exercício prévio (BAILEY et al., 2009). Os aspectos citados acima são demonstrados nos valores relativos de t95VO2max e t90VO2max, visto que, foram encontrados maiores percentuais relativos em EI120% e EI110% em relação a EI100%, entretanto, comparando EI120% e EI110%, apenas t95%VO2max apresentou uma tendência de ser maior em EI120% (p < 0,08).

Diferenças no Tlim também explicam os valores absolutos de tempo mantido em altos percentuais do VO2max. Nossos resultados demonstraram um efeito da intensidade no Tlim (ver tabela 1), corroborando com outros estudos, que também encontraram um maior tempo de exercício e quantidade de séries executadas quando a intensidade era relativamente menor (DUPONT et al., 2002; THEVENET et al., 2007). Esta resposta poderia ser explicada pela menor contribuição do sistema anaeróbio na ressíntese do ATP (ROZENEK et al., 2007), o que provavelmente diminuiria a produção e acúmulo de metabólitos responsáveis pela instalação da fadiga e conseqüente interrupção do exercício (ver tabela 1). Portanto, para manter mais tempo em t95VO2max, é necessário uma intensidade intermediária (110%vVO2max) no qual alcance o VO2max em um tempo reduzido e ainda consiga executar em torno de 15 séries de esforço. Entretanto, para alcançar valores um pouco inferior de VO2max (t90VO2max), EI100% conseguiu estimular de forma semelhante.

O exercício intermitente utilizado em nosso estudo (esforço:recuperação de 30s:15s) apresentou valores inferiores de tempo mantido em altos percentuais de VO2max comparado com os valores reportados por Billat et al. (2000), Billat et al. (2001) e Demarie, Koralsztein e Billat (2000), que empregaram EI com esforço/recuperação de 30s:30s, 15s:15s e ½tlim:¼tlim (utilização do Tlim na vVO2max), respectivamente. Esta diferença pode ser parcialmente explicada pelas características dos participantes. O presente estudo utilizou estudantes de educação física, enquanto nos outros estudos os participantes eram corredores, portanto, é provável que a cinética mais lenta do VO2 em nossa amostra (CAPUTO e DENADAI, 2004), reduziu o tempo mantido em altos percentuais de VO2max (MILLET, LIBICZ et al., 2003).

Em nosso trabalho, utilizamos dois critérios para analisar o tempo mantido em altos percentuais do VO2max (t90VO2max e t95VO2max), diferente de outros estudos, que utilizaram somente um dos critérios mencionados acima (MILLET, CANDAU et al., 2003; MILLET, LIBICZ et al., 2003; DUPONT e BERTHOIN, 2004; THEVENET et al., 2008) ou ainda, assumiram como critério o VO2max menos 2,1 ml.kg-1.min-1 (BILLAT, SLAWINSKI et al., 2000). Além do critério adotado, outros fatores podem contribuir para diferenças significantes no tempo mantido em altos percentuais de VO2max. Midgley, MCnaughton, Carrol. (2007) observaram que a determinação do t95VO2max pode ser significantemente afetada pelo teste incremental utilizado e pela média utilizada para reduzir os dados de VO2 obtidos durante o exercício. Ainda, é importante destacar que Katch, Sady e Freedson (1982) reportaram uma variação biológica nos valores individuais de VO2max de ±5,6%. Desta forma, exige-se cautela na comparação entre as diferentes pesquisas, visto que diferentes critérios foram usados para determinar o tempo mantido em altos percentuais do VO2max.

Além dos benefícios aeróbios, como maximizar a melhoria no VO2max (MIDGLEY e MC NAUGHTON, 2006) e induzir melhoras significantes na densidade mitocondrial (MACDOUGALL et al., 1998), o EI com velocidades que induzam uma alta produção de lactato também irão estimular a sua remoção nos intervalos de recuperação. Noakes, Myburgh e Schall (1990), têm destacado que um dos fatores limitantes para as corridas de longa distância seriam as adaptações musculares, portanto, os benefícios do treinamento também dependem da distância percorrida a uma alta velocidade, maximizando o número de contrações musculares potentes. Para estes efeitos, EI100% pode ser preferível em relação aos outros EI, visto que apresentou valores inferiores de lactato sanguíneo ao final do teste e percorreu uma maior distância. Portanto, a escolha da intensidade de exercício durante a sessão de treinamento deve depender dos objetivos da mesma.

Conclui-se que, durante o exercício intermitente com esforço:recuperação de 30s:15s, intensidades entre 100 a 120% da vVO2max induzem uma ampla solicitação do sistema aeróbio. Entretanto, se o objetivo da sessão de treinamento é aumentar o VO2max, a intensidade equivalente a 110% da vVO2max poderia ser a mais efetiva por manter o exercício por um tempo mais prolongado em percentuais próximos ao VO2max, quando comparada às demais intervenções.

Recebido em: 13 de outubro de 2011.

Aceito em: 19 de fevereiro de 2013.

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  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      19 Abr 2013
    • Data do Fascículo
      Mar 2013

    Histórico

    • Recebido
      13 Out 2011
    • Aceito
      19 Fev 2013
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