Resumo
O presente artigo se refere a uma pesquisa proveniente de uma dissertação de mestrado em que analisamos as práticas corporais desenvolvidas na educação integral em tempo integral de duas escolas públicas, numa perspectiva não salvacionista, tensionando suas contribuições e (des)compassos nas vidas dos estudantes. A expressão “formar pessoas melhores?” questiona a concepção reducionista e salvacionista por vezes encontrada em programas sociais que lançam mão das práticas corporais apresentando-as como solução aos estudantes das camadas populares. Compreendemos neste estudo que esta perspectiva é comutada pelo sentido de direito social e acesso a diferentes práticas corporais enquanto elementos da formação humana. A educação integral, contudo, apresenta também limites que por vezes as distanciam das suas perspectivas, como a naturalização das questões de gênero, a fragmentação curricular e as condições de trabalho distintas entre professores e oficineiros.
Palavras-chave:
Práticas Corporais; Educação Integral; Tempo Integral; Escola.