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Diversidade de abelhas e suas fontes florais em campos altitudinais, na Porção Sul da Cadeia do Espinhaço, MG

A porção sul da Cadeia do Espinhaço apresenta amplas áreas cobertas por campos altitudinais tropicais, quartizíticos ou metalíferos. Esses ecossistemas estão extremamente ameaçados, devido ao alto impacto antrópico, como a mineração e a urbanização. Nesse estudo inventariou-se a fauna e flora apícola durante um ano em uma área de campo rupestre (Serra de Ouro Branco) e durante dois anos em uma área de canga (Ouro Preto). Foram realizadas coletadas quinzenais de 8:00h às 17:00h. Foram coletados 677 indivíduos pertencentes a 91 espécies de abelhas de cinco famílias. Apidae foi a família mais rica e abundante, seguida por Halictidae e Megachilidae. As abelhas visitaram 46 espécies de plantas e as famílias mais visitadas foram: Asteraceae (n = 220), Malpighiaceae (n = 95), Melastomataceae (n = 94), Fabaceae (n = 78), e Solanaceae (n = 63). A região de Ouro Branco apresentou maior diversidade (H = 1,47) que Ouro Preto (H = 1,17). A baixa riqueza e abundância de abelhas, quando comparada a outras regiões de cerrado, podem ser atribuídas aos fatores ambientais das áreas de estudo: alta altitude, temperatura e disponibilidade de recursos florais. Áreas de canga e campo rupestre abrigam espécies raras e ameaçadas de extinção da fauna e flora. Áreas no sul do Espinhaço podem, entretanto, serem consideradas possíveis áreas de conservação biológica permanente.

Apidae; cerrado; fauna de abelhas; conservação


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