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Diapausa em parasitóides de moscas-das-frutas no Recôncavo Baiano

A diapausa tem sido pouco estudada em moscas-das-frutas e seus parasitóides em regiões de clima tropical. Este trabalho é o primeiro registro da diapausa em parasitóides de larva-pupa de tefritídeos no Recôncavo Baiano. A diapausa foi observada em quatro espécies nativas [Doryctobracon areolatus (Szépligeti), Utetes anastrephae (Viereck), Opius sp. (Hymenoptera: Braconidae), Aganaspis pelleranoi (Brethes) (Hymenoptera: Figitidae)] e uma introduzida [Diachasmimorpha longicaudata Ashmead (Hymenoptera: Braconidae)]. Os parasitóides diapáusicos foram obtidos de pupários provenientes de frutos coletados de novembro/1998 a abril/2000. Sua freqüência total foi de 1,4%, sendo D. areolatus a espécie mais freqüente, com tempo de desenvolvimento variando de 82 a 414 dias após a coleta dos frutos. Nos pupários provenientes de goiaba e serigüela, somente D. areolatus e A. pelleranoi foram observadas em diapausa. Em goiaba, a emergência dos adultos de A. pelleranoi foi de 222 e 263 dias e a de D. areolatus 82 e 170 dias. Em serigüela, D. areolatus emergiu entre 157 e 327 dias. Pitanga foi a fruteira com o maior número de espécies de parasitóides diapáusicos. Nessa fruteira, D. areolatus foi a mais freqüente com emergência entre 82 e 414 dias. Foram observadas também U. anastrephae (277 dias), Opius sp. (243 dias), D. longicaudata (294 dias) e A. pelleranoi (270 e 305 dias). Em carambola, D. areolatus emergiu entre 150 e 190 dias após a coleta dos frutos e D. longicaudata 164 e 216 dias. Em jambo, D. areolatus emergiu com 181 e 314 dias e 269 dias para a manga.

Controle biológico; Tephritidae; Braconidae; Figitidae; dormência


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