Inicialmente realizou-se a seleção dos isolados ESALQ 447, ESALQ 760, ESALQ 900, ESALQ 634, IPA-205 e ESALQ 760 de B. bassiana e de ESALQ E9, IPA-207, ESALQ 860, IPA-204 e UFPE 3027 de M. anisopliae na concentração de 10(8) conídios/ml para lagartas do segundo estádio de Plutella xylostella (L.). Todos os isolados testados causaram mortalidade de lagartas variando de 70% a 96%, exceto para o isolado UFPE 3027 de M. anisopliae, cuja mortalidade foi apenas de 26%. Baseado nesta seleção, os isolados de B. bassiana ESALQ 634 e ESALQ 447 e de M. anisopliae IPA-207 e ESALQ E9 foram escolhidos e avaliados nas concentrações de 10(5), 10(6), 10(7) e 10(8) conídios/ml sobre lagartas do segundo estádio de P. xylostella. Estes isolados nas concentrações superiores a 10(6) ocasionaram mortalidade de lagartas variando de 58% a 96%. O tempo letal (TL50) para larvas do segundo ínstar da traça-das-crucíferas foi de 1,1 a 4,3 dias e de 0,7 a 5,8 dias para os isolados ESALQ 634 e ESALQ 447 de B. bassiana e IPA-207 e ESALQ E9 de M. anisopliae, respectivamente. Os valores da concentração letal (CL50) evidenciam que os isolados IPA-207 e ESALQ E9 de M. anisopliae foram cerca de sete vezes mais virulentos para a traça-das-crucíferas que os isolados ESALQ 634 e ESALQ 447 de B. bassiana. Estes resultados indicam que lagartas de P. xylostella foram mais suscetíveis ao fungo M. anisopliae que B. bassiana, evidenciando que os isolados IPA-207 e ESALQ E9 de M. anisopliae têm potencial para serem utilizados no manejo integrado da traça-das-crucíferas.
Controle biológico; repolho; Brassica oleracea; traça-das-crucíferas; fungo entomopatogênico