RESUMO
A partir de uma resenha minuciosa de publicações recentes orientadas pelo conceito de conviviality e outras expressões etimologicamente afins (convivialisme, Konvivenz, Konvivialität), o artigo explora um déficit analítico comum a essas diferentes contribuições: a desconsideração da relação de constituição recíproca entre desigualdade e convivialidade. Para superar esta deficiência, o ensaio desenvolve um marco analítico, de acordo com o qual desigualdades definidas a partir de quatro eixos complementares e interdependentes (desigualdades materiais, de poder, ecológicas e epistemológicas) são sempre significadas, reproduzidas e negociadas no âmbito de relações conviviais.
PALAVRAS-CHAVE:
convivialidade; desigualdade; crítica ao sociocentrismo; crítica ao antropocentrismo