RESUMO
O objeto do poder não é aqui o indivíduo, tomado como elemento numa massa, nem o dividual, tomado como número numa base de dados, e sim outra coisa: individualidades-trajetórias tecidas de dividualidades estatísticas e recortadas numa trama de atividades em que elas se singularizam no tempo como unidades perceptíveis. A produção dessa forma de individualidade não se remete à disciplina, como também não ao controle e sim ao direcionamento de alvos em suas formas mais contemporâneas. Seja ele policial, militar ou comercial, tem sempre os mesmos traços formais. Uma hipótese provável é que, para além das sociedades de disciplina ou de controle, estejamos agora entrando em sociedades de direcionamento de alvos.
PALAVRAS-CHAVE:
disciplina; controle; cronogeografia