Observações in loco e vídeo filmagens foram coletadas na janela da escada de peixes da UHE Igarapava (EPUG), rio Grande, sudeste do Brasil, entre 1º de março e 30 junho de 2004. Realizaram-se quatro experimentos com dois observadores humanos (Observador 1 e Observador 2) que observaram a passagem de peixes na janela da EPUG enquanto uma vídeo câmera Sony 3CCD (Observador 3) registrou simultaneamente a passagem de peixes. Os dois observadores humanos registraram in situ a passagem de peixes no visor da escada enquanto a câmera os filmava ao mesmo tempo. Os experimentos, cada um com uma hora de duração, foram realizados durante o ciclo diário, utilizando-se iluminação de espectro completo. Registraram-se as espécies, o número de indivíduos e o horário de passagem. Os registros de cada observador humano in situ foram comparados com os dos vídeos. Consideraram-se curimba (Prochilodus lineatus), mandi-amarelo (Pimelodus maculatus), piau-três-pintas (Leporinus friderici) e ferreirinha (Leporinus octofasciatus) como espécies alvo, tendo em vista sua alta freqüência de ocorrência na escada de peixes da UHE Igarapava. O número de espécies e o número de indivíduos não foram estatisticamente diferentes entre observadores. Por outro lado, o número de espécies e o número de indivíduos que passaram pelo visor foram estatisticamente diferentes entre experimentos. Assim, demonstrou-se que os três observadores registraram o mesmo número de espécies e contaram o mesmo número de indivíduos, mesmo quando as duas variáveis diferiram significativamente entre experimentos. Concluiu-se que o sistema de vídeo imagem constitui um método eficaz para avaliação da passagem de peixes na escada de peixes de Igarapava.
