Eco-friendly ou flower killer? Compreendendo os efeitos negativos do óleo essencial na pós-colheita de Zantedeschia

Resumo

Atualmente, há uma demanda pelo desenvolvimento de tecnologias sustentáveis para a conservação pós-colheita de flores, utilizando produtos ecológicos para promover a sustentabilidade e reduzir a produção de resíduos tóxicos, como os óleos essenciais. Embora os óleos essenciais tenham demonstrado eficácia para algumas espécies, em Zantedeschia foram observados alguns efeitos negativos, como o estrangulamento do caule. Assim, o objetivo foi avaliar o efeito de soluções preservativas preparadas com óleo essencial de eucalipto (Eucalyptus citriodora) na qualidade pós-colheita de Zantedeschia (Zantedeschia aethiopica), analisando os processos bioquímicos e enzimáticos de senescência. Hastes florais, com 50 cm de comprimento, foram colocadas em soluções preparadas com água pura e várias concentrações (0,1%, 0,25%, 0,75% e 1,0%) de óleo essencial de eucalipto, sendo a água pura utilizada como controle. As hastes permaneceram em contato com a solução em câmara fria a 10 °C por 2, 4, 6, 8 e 10 horas. As avaliações foram realizadas a cada 2 horas, totalizando 10 horas. Em cada avaliação, amostras foram coletadas de três comprimentos de haste (5, 10 e 15 cm) para determinar o teor de sacarose. Após 5 horas, uma seção de haste com 10 cm de comprimento foi coletada para análises de microscopia eletrônica. Os efeitos negativos observados incluíram a destruição do sistema condutor, causando a morte de todos os caules florais. O bloqueio no caule limitou a absorção de sacarose e estimulou a atividade das enzimas antioxidantes, levando à peroxidação lipídica (MDA) e ao aumento da atividade da superóxido dismutase (SOD) e da catalase (CAT).

Palavras-chave:
análises bioquímicas; catalase; flor de corte; superóxido dismutase; Zantedeschia aethiopica