Entendendo a dinâmica do desenvolvimento floral durante a pós-colheita em Ornithogalum saundersiae: antocrono e longevidade de hastes florais

Resumo

Entre as flores de corte, o Ornithogalum saundersiae, também conhecido como ornitogalo ou estrela-de-belém, é uma espécie recém introduzida no mercado brasileiro de flores e pouco se conhece sobre o desenvolvimento floral e a longevidade de suas hastes florais. Os objetivos neste trabalho foram: (i) determinar o antocrono durante o período de pós-colheita de ornitogalo e (ii) determinar a longevidade de hastes florais em ornitogalo em dias e em soma térmica considerando diferentes manejos de pós-colheita. O experimento de pós colheita foi conduzido no período de 03/05/2022 à 22/07/2022. Foram utilizados três tratamentos de manejo pós-colheita: Água da torneira sem troca = água da torneira sem reposição, Água trocada a cada 3 dias = água da torneira substituída a cada 3 dias e Água trocada e caule cortado = água da torneira e corte de 2 cm na base da haste floral a cada 3 dias. Foram utilizadas sete repetições para cada tratamento e cada repetição foi uma garrafa plástica de 1 l com 5 cm de água de torneira e uma haste floral. Foram utilizadas ​​hastes florais com 3 a 5 flores abertas no racemo, e 70 cm de comprimento de uma produção comercial. O antocrono não diferiu entre os tratamentos de manejo pós-colheita e apresentou uma média de 0,9 dias flor^-1 e 9.4 °C dias flor^-1, respectivamente. A longevidade das hastes florais não foi afetada pelos tratamentos de manejo pós-colheita, com uma média de 45 dias e 497 °C dia. Concluiu-se que a água da torneira, sem necessidade de troca periódica, nem de corte da base da haste floral, mantém a longevidade das hastes florais de Ornithogalum saundersiae.

Palavras-chave:
ornitogalo; período de comercialização; soma térmica; vida de prateleira; vida de vaso