Resumo
Os lírios são comumente cultivados para serem comercializados como flores de corte. A colheita causa um estresse considerável, que, por sua vez, desencadeia a senescência acelerada, sendo este processo um fator limitante da vida pós-colheita. O controle da senescência é alcançado por meio de várias metodologias, incluindo tratamentos térmicos em temperaturas moderadas por um curto período de tempo. Esses tratamentos geram um estresse leve que pode afetar o metabolismo dos tecidos. O objetivo deste estudo foi determinar a qualidade, a vida pós-colheita e o metabolismo de Lilium longiflorum após a aplicação de estresse térmico na base dos caules das flores. Os tratamentos foram realizados durante 5 minutos a 50 °C com água nos primeiros 2 cm da área de corte, enquanto um tratamento semelhante foi realizado com água a 20 °C para o controle. Os caules tratados apresentaram menor perda de peso, menor consumo de água e os botões abriram mais tarde. Da mesma forma, foi observada menor senescência e menor perda de clorofila nas folhas das amostras tratadas. Uma tendência a uma maior concentração de fenóis foi observada nos primeiros dias de armazenamento nas folhas e tépalas dos caules tratados, enquanto não foram detectadas variações significativas no teor de flavonoides. Menores quantidades de TBARS e menor perda de eletrólitos foram detectadas nas amostras tratadas com calor, indicando menor peroxidação e maior estabilidade da membrana. O tratamento também induziu maior acúmulo de antocianinas nas tépalas. Os resultados sugerem que o tratamento térmico com água quente no pós-colheita é um método adequado para melhorar a qualidade das hastes, o grau de abertura dos botões e atrasar a senescência, prolongando a vida em vaso sem efeitos negativos durante o armazenamento.
Palavras-chave:
antocianina; choque térmico;
Lilium longiflorum
; tépalas; vida útil em vaso
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