Do calo à muda: revelando a sinergia hormonal ideal e a suplementação de sacarose para a micropropagação de Zamioculcas zamiifolia

Resumo

A zamioculca (Zamioculcas zamiifolia) é uma planta importante nos mercados ornamentais, com taxa de crescimento lenta e baixa eficiência de propagação. Para estabelecer um protocolo de propagação eficiente para esta espécie, foram conduzidos dois experimentos. O primeiro experimento visou otimizar a micropropagação da zamioculca por meio da indução de calos. O segundo experimento avaliou os efeitos do meio de calogênese no crescimento e desempenho de plantas regeneradas em casa de vegetação. Explantes foliares foram incubados em meio Murashige e Skoog de meia força (½MS) contendo diferentes combinações de benziladenina (0,0; 4,4 e 8,8 μM BA) e ácido naftaleno acético (0,0; 2,7; 5,4 e 10,8 μM) e sacarose (2,0% e 3,0%). A maior taxa e peso de indução de calos foram obtidos usando 0,0 μM BA + 2,7 ou 5,4 μM ANA + 3,0% de sacarose. Os calos obtidos foram incubados em meio ½MS suplementado com diferentes combinações de BA (0,0; 2,2 e 8,8 μM) e ANA (0,0; 1,1 e 2,7 μM) para regeneração de brotos, com a maior eficiência de proliferação em meio contendo 2,2 μM BA. O enraizamento dos brotos foi avaliado em meio ½MS contendo ácido indol-3-butírico (0,0; 2,5 e 5,0 μM AIB) e ANA (0,0; 37,2 e 2,7 μM), e o meio com 2,5 μM AIB foi sugerido, respectivamente. No segundo experimento, plântulas foram regeneradas a partir de calos induzidos nos quatro meios mais eficazes, e seu crescimento foi avaliado em condições de casa de vegetação. O melhor crescimento e qualidade das plantas micropropagadas foram obtidos a partir do meio de calogênese contendo 2,7 μM ANA + 3,0% de sacarose. O acúmulo excessivo de citocinina após o tratamento com BA prejudicou o enraizamento e o crescimento geral das plantas micropropagadas.

Palavras-chave:
calos; clorofilas; carboidratos solúveis; enraizamento; protocolo de micropropagação