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Gerenciamento das pessoas em uma associação de trabalho: novas formas de participação?

O processo de reestruturação produtiva em curso a partir dos anos 70 nas sociedades desenvolvidas e no Brasil a partir dos anos 90, desencadeou uma profunda modificação no mundo do trabalho, provocando o que Mattoso (1995) considera uma verdadeira desordem do trabalho, expressa em níveis assustadores de insegurança na renda, no emprego, no mercado de trabalho, na contratação e na representatividade. Neste contexto, emergem iniciativas organizacionais como as associações e cooperativas de trabalho que passam a constituir alternativas ao desemprego. Visando compreender melhor as relações de trabalho no interior das associações de trabalho, este artigo discute a configuração que a dimensão participação nas decisões assume no gerenciamento das pessoas, a partir da experiência da Associação Comunitária de Desenvolvimento do Trairy - ACT, localizada em Santa Cruz - RN. Inicialmente, tece comentários sobre as particularidades das organizações cooperativas e/ou associações de trabalho. Em segundo lugar, descreve a metodologia utilizada para levantamento dos dados. Em seguida, analisa a experiência da ACT destacando as formas de participação existentes para o gerenciamento das pessoas. Finalmente, chama a atenção para a lógica de articulação entre as formas participativas e a precarização das relações de trabalho, em um contexto de profundas modificações econômicas, políticas e tecnológicas.


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