o contexto da globalização e da Reforma do Estado, as comunidades, socialmente, têm recuperado protagonismo, mesmo que seja para tentar proporcionar o que os Estados nação têm falhado em resolver, o que na América Latina poderíamos resumir nestas palavras: condições de cidadania. Com base neste pressuposto este trabalho analisa os conselhos municipais em Salvador (Bahia) como instrumento de desenvolvimento local implicado com a participação cidadã. Retomamos as teorias da Reforma do Estado à luz das teorias de gênero, onde a autonomia constitui-se como uma questão chave ainda não resolvida, e analisamos também a contribuição das mulheres para que os conselhos sejam espaços de construção da cidadania e de democracia participativa. A análise deste trabalho está baseada, fundamentalmente, nos depoimentos dos entrevistados, membros dos Conselhos de Saúde, Assistência Social, Educação, Emprego, Criança e Adolescente, e Conselho da Mulher, bem como nas observações de suas reuniões.