Acessibilidade / Reportar erro

Estratégias e práticas de remuneração utilizadas pelas empresas Brasileiras

Resumos

O estudo mostra as bases das estratégias e práticas de remuneração utilizadas pelas empresas brasileiras. A coleta dos dados foi realizada através de questionários enviados pelo correio. Obteve-se como índices de respostas 26,8% (132) dos responsáveis pela área de recursos humanos de empresas relacionadas na Exame - "Melhores e Maiores". Evidencia-se que para determinação das bases salariais, o método de avaliação de cargos Hay é o mais utilizado para cargos gerenciais e o sistema de pontos para os técnicos/ administrativos e operacionais. A estratégia de remuneração é traçada baseando-se nos objetivos de recursos humanos e da empresa, sendo flexível em adaptar-se às mudanças contextuais. As práticas de remuneração estão alicerçadas na estratégia da empresa, apresentando flexibilidade para mudanças contextuais e sendo transparente para os empregados. A remuneração variável é utilizada por 81,1% das empresas sendo a participação nos lucros o tipo mais aplicado para empregados de todos os níveis hierárquicos.


This paper investigates the remuneration strategies and practices of Brazilian companies. Data was gathered by survey through the application of questionnaires to the human resources executives of companies listed in EXAME magazine"s - "Melhores e Maiores" (Best and Biggest), with a response rate of 26.6% (132 of 500). The study reveals that the Hay method for job evaluation is the most commonly applied for determination of salaries at the managerial level, while factor point job evaluation schemes are more usual for clerical and operating level salaries. Remuneration strategy was found to be developed in line with general strategic and human resources objectives and adapted, flexibly, as necessary, in accordance with environmental changes. Remuneration practices, also, are based on company"s strategy, demonstrated, flexibility, and are seen as being transparent to employees. Variable pay plans are used by 81,1% of the firms, which responded to the survey, with profit-sharing schemes reported for employees at nearly all levels of the hierarchy.


ARTIGOS / ARTICLES

Estratégias e práticas de remuneração utilizadas pelas empresas Brasileiras

Lúcia Maria Barbosa de Oliveira

PhD em Relações Industriais pela London School of Economics and Political Science / Profª Adjunta e Coordenadora Geral do Programa MBA-Executivo do Deptº de Ciências Administrativas da UFPE; Pesquisadora do CNPq

R ESUMO

O estudo mostra as bases das estratégias e práticas de remuneração utilizadas pelas empresas brasileiras. A coleta dos dados foi realizada através de questionários enviados pelo correio. Obteve-se como índices de respostas 26,8% (132) dos responsáveis pela área de recursos humanos de empresas relacionadas na Exame - "Melhores e Maiores". Evidencia-se que para determinação das bases salariais, o método de avaliação de cargos Hay é o mais utilizado para cargos gerenciais e o sistema de pontos para os técnicos/ administrativos e operacionais. A estratégia de remuneração é traçada baseando-se nos objetivos de recursos humanos e da empresa, sendo flexível em adaptar-se às mudanças contextuais. As práticas de remuneração estão alicerçadas na estratégia da empresa, apresentando flexibilidade para mudanças contextuais e sendo transparente para os empregados. A remuneração variável é utilizada por 81,1% das empresas sendo a participação nos lucros o tipo mais aplicado para empregados de todos os níveis hierárquicos.

A BSTRACT

This paper investigates the remuneration strategies and practices of Brazilian companies. Data was gathered by survey through the application of questionnaires to the human resources executives of companies listed in EXAME magazine"s - "Melhores e Maiores" (Best and Biggest), with a response rate of 26.6% (132 of 500). The study reveals that the Hay method for job evaluation is the most commonly applied for determination of salaries at the managerial level, while factor point job evaluation schemes are more usual for clerical and operating level salaries. Remuneration strategy was found to be developed in line with general strategic and human resources objectives and adapted, flexibly, as necessary, in accordance with environmental changes. Remuneration practices, also, are based on company"s strategy, demonstrated, flexibility, and are seen as being transparent to employees. Variable pay plans are used by 81,1% of the firms, which responded to the survey, with profit-sharing schemes reported for employees at nearly all levels of the hierarchy.

Texto completo disponivel apenas em PDF.

Full text avaliable only in PDF.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALBUQUERQUE, L. G. Estratégias de Recursos Humanos e Competitividade. In: VIEIRA, Marcelo Milano Falcão, OLIVEIRA, Lúcia Maria Barbosa de (orgs.). Administração Contemporânea: perspectivas estratégicas. São Paulo: Atlas, 1999.

ARMSTRONG, M. Human resources management: a case of the imperor"s new clothes? Personnel Management, London, v.19, n.8, p.30-35, aug. 1987.

________________. Blue-chip firms with a vision. Personnel Management, London, v.26, n.10, p.48-53, oct. 1994.

________________. Reward Employee. London: IPD, 1996.

ARMSTRONG, M., BARON, A. The job evaluation. London: IPD, 1995.

ARMSTRONG, M., MURLIS, M. Reward Management: a handbook of salary administration. London: Kogan Page, 1988.

AS MELHORES Empresas para você trabalhar. Exame. São Paulo, ano 32, n.18, ago. 1998. (Encarte especial).

ASSIS, V. Acerte no alvo! Ser Humano, São Paulo, ano XXXI, n.123, p.10-14, ago. 1997.

BOXALL, P. Placing HR strategy at the heart of business. Personnel Management, London, v.26, n.7, p.32-35, jul. 1994.

BRISOLLA JÚNIOR, C. B. A remuneração variável mudando paradigmas na administração salarial: um estudo no setor bancário brasileiro. São Paulo, 1994. (Dissertação de Mestrado. Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP).

BUCKINGHAM, G., ELLIOT, G. Profile of a sucessful personnel management. Personnel Management, London, v.25, n.8, p.26-29, aug. 1993.

CHIAVENATO, Idalberto. Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro. São Paulo: Makron Books, 1996.

CONNOCK, S. The importance of ‘big ideas" to HR Managers. Personnel Management, London, v.24, n.6, p.24-27, jun. 1992.

COOK, R., ARMSTRONG, M. The search for strategy HRM. Personnel Management, London, v.22, n.12, p.30-33, dec. 1990.

EQUIPE COOPERS & LYBRAND. Remuneração estratégica: a nova vantagem competitiva. São Paulo: Atlas, 1996.

_______________________________. Remuneração por habilidades e por competências: preparando a organização para a era das empresas de conhecimento intensivo. São Paulo: Atlas, 1997.

FLANNERY, T. et alii. Pessoas, desempenho e salários: as mudanças na forma de remuneração nas empresas. São Paulo: Futura, 1997.

FELURY, A . , FLEURY, M.T.L. Estratégias empresariais e formação de competências: um quebra-cabeça caleidoscópico da indústria brasileira. São Paulo: Atlas, 2000.

GALUPPO, R. A intervenção flexível. Exame, São Paulo, ano 28, n.19, p.66-70, set. 1995.

GEORGIADES, N. A strategic future for personnel. Personnel Management, London, v.22, n.2, p.43-45, feb. 1990.

GIL, A. C. Métodos e técnicas em pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1987.

GOMES, M. T. Cada um vale quanto sabe – chegou a remuneração por habilidade. Nela o que conta são as qualificações individuais. Exame, São Paulo, ano 29, n.3, p.56-57, jan. 1996.

_____________. O guia do RH fica mais humano. Exame, São Paulo, ano 27, n.4, p.76-77, fev. 1995.

GONÇALVES, J. E. L. Os novos desafios da empresa do futuro. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v.37, n.3, p.10-19, jul./set. 1997.

GUEST, D., HOQUE, K. Yes, personnel does make a difference. Personnel Management, London, v.26, n.11, p.40-44, nov. 1994.

HERRIOT, P. The management of career. In: TYSON, S. Strategic prospects for HRM. London: IPD, 1995. p.184-205.

LIVY, B. Corporate personnel management. London: Pitman Publishing, 1988.

MAÇAL, A. P. Na hora de dividir o bolo – participação nos resultados mexe com patrões e empregados. Ser Humano, São Paulo, ano XXIX, n.102, p.10-15, nov. 1995.

MARCONI, M. A., LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1986.

MARINAKIS, A. E. A participação dos trabalhadores nos lucros e resultados das empresas no Brasil: um instrumento para acelerar a reestruturação necessária. RAE, São Paulo, v.37, n.7, p.56-64, out./dez. 1997.

MUSSNUG, K. J., HUGHEY A. W. A verdade sobre as equipes. HSM Management, São Paulo, ano 2, n.8, p.140-146, maio/jun. 1998.

OLIVEIRA, L. M. Barbosa de., MORAES, Walter F. A. de. Coleta de dados realizada por questionário pelo correio: método eficaz? Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v.34, n.4, p.85-92, jul./ago. 1994.

PEOPLE MANAGEMENT. Pay per view. London, v.6, n.3, p.40-46, 3 feb. 2000.

PEREIRA FILHO, J. L., WOOD JR, T. Remuneração Estratégica: a nova vantagem competitiva. RAE Light, São Paulo, v.2, n.4, p.21-25, jul./ago. 1995.

RESENDE, E. J. A gestão de pessoal nas empresas brasileiras: o curto e o longo prazo. Tendências do Trabalho, Rio de Janeiro, n.232, p.7-12, maio. 1994

RESENDE, E. J. Cargos, salários e carreira: novos paradigmas conceituais e práticos. São Paulo: Summus, 1991.

SELLTIZ, C. et alii. Métodos de pesquisa nas relações sociais. São Paulo: EPU, 1975.

STEWART, T. A. Capital Intelectual: a nova vantagem competitiva das empresas. Rio de Janeiro: Campus, 1998.

TRIPODI, T. et alii. Análise da pesquisa social. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1981.

TRUSS, K. CEOs want a more strategic function. People Mangement, London, v.2, n.16, p.36-39, aug. 1996.

TYSON, S. Strategic prospects for HRM. London: IPD, 1995.

TYSON, S., FELL, A. A focus on skills, not organizations. People Management, London, v.1, n.21, p.42-45, oct. 1995.

TYSON, S., WITCHER, M. Getting in gear: post-recession HR Management. Personnel Management, London, v.26, n.8, p.20-23, aug. 1994.

ULRICH, D. Os campeões de recursos humanos: inovando para obter os melhores resultados. São Paulo: Futura, 1998.

ULRICH, D. Recursos humanos estratégicos: novas perspectivas para os profissionais de RH. São Paulo: futura, 2000.

VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em Administração. São Paulo: Atlas, 1998.

  • ALBUQUERQUE, L. G. Estratégias de Recursos Humanos e
  • ARMSTRONG, M. Human resources management: a case of the imperor"s
  • ________________. Blue-chip firms with a vision. Personnel
  • ________________. Reward Employee London: IPD,
  • ARMSTRONG, M., BARON, A. The job evaluation London: IPD,
  • ARMSTRONG, M., MURLIS, M. Reward Management: a handbook of
  • AS MELHORES Empresas para você trabalhar. Exame. São
  • ASSIS, V. Acerte no alvo! Ser Humano, São
  • BOXALL, P. Placing HR strategy at the heart of business. Personnel
  • BRISOLLA JÚNIOR, C. B. A remuneração
  • BUCKINGHAM, G., ELLIOT, G. Profile of a sucessful personnel
  • CHIAVENATO, Idalberto. Como transformar RH
  • COOK, R., ARMSTRONG, M. The search for strategy HRM. Personnel
  • EQUIPE COOPERS & LYBRAND. Remuneração estratégica: a nova vantagem competitiva. São Paulo: Atlas, 1996.
  • _______________________________. Remuneração por habilidades e por competências: preparando a organização para a era das empresas de conhecimento intensivo. São Paulo: Atlas, 1997.
  • FLANNERY, T. et alii. Pessoas, desempenho
  • FELURY, A . , FLEURY, M.T.L. Estratégias
  • GALUPPO, R. A intervenção flexível. Exame, São
  • GEORGIADES, N. A strategic future for personnel. Personnel
  • GIL, A. C. Métodos e técnicas em pesquisa
  • _____________. O guia do RH fica mais humano. Exame, São
  • GONÇALVES, J. E. L. Os novos desafios da empresa do
  • GUEST, D., HOQUE, K. Yes, personnel does make a difference. Personnel Management, London, v.26,
  • HERRIOT, P. The management of career. In: TYSON, S. Strategic prospects
  • LIVY, B. Corporate personnel management London: Pitman
  • MARCONI, M. A., LAKATOS, E. M. Técnicas
  • MARINAKIS, A. E. A participação dos trabalhadores nos
  • MUSSNUG, K. J., HUGHEY A. W. A verdade sobre as
  • OLIVEIRA, L. M. Barbosa de., MORAES, Walter F. A. de.
  • PEOPLE MANAGEMENT. Pay per view London, v.6, n.3, p.40-46, 3 feb.
  • PEREIRA FILHO, J. L., WOOD JR, T. Remuneração
  • RESENDE, E. J. A gestão de pessoal nas empresas
  • RESENDE, E. J. Cargos, salários e
  • SELLTIZ, C. et alii. Métodos de pesquisa
  • STEWART, T. A. Capital
  • TRIPODI, T. et alii. Análise da pesquisa
  • TRUSS, K. CEOs want a more strategic function. People Mangement, London, v.2, n.16,
  • TYSON, S. Strategic prospects for HRM London: IPD, 1995.
  • TYSON, S., FELL, A. A focus on skills, not organizations. People Management, London, v.1,
  • TYSON, S., WITCHER, M. Getting in gear: post-recession HR
  • ULRICH, D. Os campeões de recursos humanos: inovando
  • ULRICH, D. Recursos humanos estratégicos: novas
  • VERGARA, S. C. Projetos e

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    06 Fev 2015
  • Data do Fascículo
    Ago 2001
Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia Av. Reitor Miguel Calmon, s/n 3o. sala 29, 41110-903 Salvador-BA Brasil, Tel.: (55 71) 3283-7344, Fax.:(55 71) 3283-7667 - Salvador - BA - Brazil
E-mail: revistaoes@ufba.br