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A diluição da fronteira entre sociedade e natureza e a dimensão ontológica da crise de paradigmas nas ciências

O texto discute o significado e a extensão da crise de paradigmas nas ciências no atual contexto de diluição da fronteira entre sociedade e natureza e de redefinição das relações entre sujeito e objeto do conhecimento, processos estes resultantes dos avanços da engenharia genética como também da neurobiologia, que coloca em cheque a perspectiva racionalista e a noção de objetividade que estrutura as ciências modernas. Tais elementos sugerem que a referida crise diz respeito não apenas à emergência de novos e complexos temas, mas sobretudo ao questionamento radical dos objetos e métodos das ciências da sociedade e da natureza. Ao situar a questão nesses termos, o texto discute a tentativa de equacionamento de tais problemas pela teoria dos sistemas (particularmente, na versão apresentada por Niklas Luhmann) e sugere a necessidade de constituição de novas abordagens, a exemplo da apresentada por um pensamento de caráter reflexivo como o de Gilbert Simondon. Fundamentalmente, o texto sugere que, a despeito do caráter formador dos clássicos, enfrentamos, nesse começo de século, uma crise de paradigmas nas ciências que demanda o repensar de elementos de natureza prática e teórica que estruturam a sociedade e as ciências contemporâneas.


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