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Modelos de mundo como modelos de organização: framing global e ativismo transnacional no movimento negro brasileiro

Resumo

O objetivo deste artigo é explorar a apropriação que o movimento negro brasileiro faz dos conteúdos diaspóricos. Ao longo da história a diáspora negra produziu diferentes significados do que é ser negro, do que é o racismo e de como combatê-lo. Entre estas visões está o Atlântico Negro que se apresenta como uma macroestrutura capaz de influenciar a formação de diversos frames ao redor do mundo. Os frames são esquemas interpretativos, visões de mundo que servem de guia para ação dos movimentos sociais, formando microestruturas que representam os diagnósticos e prognósticos desenvolvidos durante suas atividades e propostas de luta, bem como na sua organização, formas de atuação e mobilização de recursos. Os resultados mostram que toda esta dinâmica está relacionada ao alinhamento do ativismo negro ao que se denomina de framing global, que é um processo de difusão transnacional formado durante os processos de adaptação local.

Palavras-chave:
Framing; Relações raciais; Movimento negro; Ativismo transnacional

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