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A institucionalização da feira hippie de Belo Horizonte

O objetivo neste artigo é analisar o processo de institucionalização da Feira de Arte, Artesanato e Produtores de Variedades, popularmente conhecida como Feira Hippie de Belo Horizonte. A análise foi feita de forma longitudinal, com foco particular na identidade, e baseada na teoria institucional. A estratégia de pesquisa, de cunho qualitativo, articulou como métodos principais o estudo multi-casos e o método biográfico (história de vida), tendo os dados sido coletados por meio de entrevistas em profundidade baseadas em roteiros semi-estruturados. A amostragem se baseou em um critério não probabilístico intencional, com foco na antigüidade dos entrevistados na Feira Hippie. Os dados foram tratados usando a análise do discurso, adequada a recortes longitudinais. Os resultados revelam a influência do poder público (isomorfismo coercitivo) sobre o campo nestes quase 40 anos de Feira Hippie, embora tenha havido fases em que outros tipos de isomorfismo emergiram com maior força. Conclui-se que a legitimidade de organizações não ortodoxas como esta pode se submeter a critérios ortodoxos, como a legislação, à medida que os atores não delimitam seu território claramente, o que dá margem a que trabalhos com foco simbólico possam ser desenvolvidos para analisar como os indivíduos se posicionam dentro dos campos institucionalizados.


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