O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência da análise estatística espacial na seleção de genótipos de plantas num programa de melhoramento. Buscou-se demonstrar os benefícios potenciais dessa abordagem quando as observações experimentais não são espacialmente independentes. O material consistiu de um ensaio de competição de linhagens de soja, com cinco cultivares testemunhas (de efeitos fixos) e 110 novos genótipos (de efeitos aleatórios), delineado em blocos aumentados. O ajuste espacial foi feito pelo modelo linear de campo aleatório (RFLM), com função de autocovariância estimada a partir dos resíduos da análise sob erros independentes. Os resultados apontaram uma autocorrelação residual de magnitude e alcance significativos, o que garantiu à abordagem espacial uma melhoria considerável na discriminação dos tratamentos genéticos - aumento do poder dos testes estatísticos, redução nos erros padrão de estimativas e de preditores e alargamento na amplitude das predições genotípicas. A análise espacial levou a um diferente ordenamento das linhagens em relação à análise não espacial e, finalmente, a uma seleção menos influenciada por efeitos da variação local.
delineamento aumentado; modelo misto; recuperação de informação; autocorrelação; dados correlacionados; geoestatística