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Efeitos dos isoflavonóides no sabor de feijão cru e na adstringência do extrato hidrossolúvel de soja e dos grãos inteiros cozidos

O sabor é o principal fator que limita a aceitabilidade da soja nos países ocidentais. O propósito deste estudo foi determinar os efeitos dos isoflavonóides sobre o sabor da soja. Diferenças no sabor de feijão cru e na adstringência do extrato hidrossolúvel de soja e dos grãos inteiros de soja cozidos, preparados com as cultivares IAS 5 e BR-36 (136 e 54 mg isoflavonóides totais /100 g de amostras, respectivamente), com pré-maceração e pré-aquecimento dos grãos, foram analisadas sensorialmente, conforme uma escala não estruturada de categoria de intensidade ascendente. As diferenças no teor dos isoflavonóides das duas cultivares foram mantidas nos dois produtos, apesar dos pré-tratamentos nos processamentos. Pré-maceração dos grãos intensificou o sabor de feijão cru nos extratos de soja, reduzindo a percepção de adstringência, que é causada por agliconas, que desenvolveram-se em quantidades reduzidas. Os grãos inteiros de soja cozidos sob pressão (1,5 kgf/cm² a 127°C) apresentaram teores muito reduzidos dos isoflavonóides malonil glicosídeos. Devido à alta temperatura, esses compostos foram convertidos nos glicosídeos conjugados daidzina e genistina. Nos grãos cozidos inteiros não houve formação de agliconas, e, conseqüentemente, não se percebeu diferença na adstringência. Os resultados sugerem que tratamentos que envolvem pré-aquecimento dos grãos favorecem a obtenção de produtos de soja com melhor sabor.

Glycine max; cultivares


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