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Variabilidade isoenzimática em uma coleção brasileira de urucum (Bixa orellana L.)

Os objetivos deste trabalho foram: otimizar a técnica de eletroforese de isoenzimas para Bixa orellana, e usar marcadores isoenzimáticos para um estudo preliminar da variabilidade genética, presente em uma coleção de germoplasma de urucum. Foi estudada uma coleção de amostras de sementes oriundas de 60 indivíduos de polinização aberta, que representam duas procedências do Norte e quatro do Sul do Brasil. São descritas a extração, a eletroforese e a interpretação de isoenzimas de urucum. Três, dos vinte e um locos isoenzimáticos identificados, foram polimórficos na coleção examinada. A porcentagem de locos polimórficos (P = 21,05) e a heterozigosidade esperada em urucum (H T = 0,064) foram baixas, em comparação com outras espécies arbóreas tropicais. O dendrograma UPGMA, construído com base nas distâncias genéticas de Nei, diferenciou claramente as procedências de urucum do Norte, daquelas oriundas do Brasil Central. A variabilidade foi significativamente superior na procedência Maranhão. Uma pequena diferenciação genética foi detectada entre os acessos do Maranhão e do Pará, apesar da proximidade geográfica. O polimorfismo isoenzimático diferenciado, observado no germoplasma procedente do Maranhão, somado a relatos de heterogeneidade morfológica local com relação à forma, à cor e à pubescência dos frutos de urucum, sugerem uma investigação genética e taxonômica mais detalhada dessa espécie.

germoplasma; variabilidade genética; urucum; aloenzima; dendrograma


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