A toxicidade do alumínio (Al) é um dos principais limitantes ao crescimento da cevada em solos ácidos, e são necessários genótipos com adequada tolerância para melhorar a adaptação da espécie no Brasil. Para estudar a herança da tolerância ao Al em cevadas brasileiras, as cultivares Antarctica 1, BR 1 e FM 404 foram cruzadas com Kearney e PFC 8026 e intercruzadas entre si. Progenitores e gerações F1, F2 e F6 foram cultivados em solução nutritiva contendo 0,03, 0,05 e 0,07 mM de Al, e classificadas quanto à tolerância, pelo método de coloração com hematoxilina. As progênies F2, das cruzas tolerante x suscetível, segregaram na proporção de três tolerantes para uma suscetível, enquadrando-se na proporção 3:1 esperada no modelo monogênico. As populações F6 segregaram uma tolerante para uma suscetível, enquadrando-se no modelo de um gene. Nos cruzamentos entre tolerantes, as F2 apresentaram reação igual à dos progenitores. Como o tamanho de população usado permitiria detectar recombinações de 7% na hipótese de mais de um gene ligados em repulsão, a ausência completa de segregantes suscetíveis sugere que a tolerância destas cultivares seja condicionada pelo mesmo gene. Desta maneira, o potencial para melhoria da tolerância ao Al por meio da recombinação destas cultivares é muito baixo, e devem ser pesquisadas fontes diferentes.
Hordeum vulgare; genótipos; herança genética; toxicidade