Em condições de casa de vegetação foram avaliados os efeitos da calagem no crescimento de quinze espécies florestais nativas do Brasil. Foram utilizadas espécies pertencentes aos grupos ecológicos de plantas pioneiras, secundárias e clímax. Os tratamentos de solo consistiram na ausência de calagem (-LIM) e calagem até atingir pH=6,0 (+LIM). Em geral, as espécies pioneiras e secundárias apresentaram as maiores respostas à calagem quanto à produção de matéria seca total (TDM), enquanto que as espécies clímax não foram afetadas pelos tratamentos de solo. A classificação das quinze espécies em relação à tolerância à acidez do solo variou de altamente sensíveis a altamente tolerantes. As espécies pioneiras e secundárias, quando cresceram em solo corrigido (+LIM), apresentaram maiores conteúdos de Ca, Mg e P e baixa eficiência de utilização de Ca e Mg (CaUE e MgUE, respectivamente); porém, a eficiência de utilização de P (PUE) foi maior neste tratamento. Em contraste, os conteúdos de Ca, Mg e P das espécies clímax foram apenas levemente afetados pela calagem. Em geral, as espécies clímax foram menos eficientes do que as pioneiras e secundárias em utilizar o Ca e o Mg.
solo ácido; grupos ecológicos; eficiência de utilização de nutrientes
