O estudo aqui relatado teve por finalidade investigar o sentido de práticas educativas implementadas por pais moradores de um bairro de baixa renda em São Paulo e analisá-las como parte do processo de constituição identitária. Tais práticas se revelam como ações através das quais se desenvolve o processo de socialização familiar, refletem uma visão particular de mundo e de homem, situam-se num contexto histórico e de classe social e contribuem para o processo de constituição identitária. Trata-se de pesquisa qualitativa de base fenomenológica que teve como procedimento a realização de entrevistas e atividades grupais com famílias. Os resultados revelaram que o sentido socializador das práticas dirigia-se para formar pessoas dóceis à ordem autoritária, recorrendo-se a práticas disciplinares violentas, configurando um contexto voltado para o evitar uma identidade "negativa".
família e práticas educativas; família e identidade; práticas educativas violentas e identidade negativa