Atualmente, não há um protocolo padronizado para avaliação de situações de abuso sexual. Neste sentido, este estudo investigou as técnicas utilizadas por psicólogos na prática pericial em casos de suspeita de abuso sexual infanto-juvenil no contexto da investigação criminal. Doze psicólogos que atuam como peritos nos Institutos Médico-Legais de seis capitais brasileiras foram entrevistados com entrevistas semi-estruturadas, que foram analisadas qualitativamente com o auxílio do software WebQDA. Os resultados apresentaram uma diversidade de ações empreendidas na prática pericial, assim como a presença de consensos e controvérsias em relação ao uso de testes psicológicos e da avaliação da credibilidade do relato. Também foi observada flexibilidade por parte das equipes na condução das perícias, adaptando as técnicas de acordo com as necessidades. Destaca-se a importância da diversidade técnica, que visa a auxiliar o perito na busca de conclusões confiáveis, bem como a manter o rigor técnico e a qualidade das avaliações.
perícia psicológica judicial; abuso sexual; atuação do psicólogo