Resumo
A pandemia de COVID-19 teve importante repercussão para famílias em diferentes países. Este estudo teve como objetivo avaliar o impacto de variáveis sociodemográficas, práticas educativas parentais e estressores da pandemia de COVID-19 nos problemas emocionais e de comportamento de crianças de seis a 11 anos. Mães/pais (N = 132) responderam remotamente ao Questionário de Dados Sociodemográficos, Inventário de Práticas Parentais, Questionário de Capacidades e Dificuldades e Response to Stress Questionnaire COVID-19. Análises de regressão indicaram que diagnóstico clínico parental e ser menino repercutiam nos problemas externalizantes, assim como idade parental, na hiperatividade. Já estado civil teve efeito sobre problemas de conduta infantil; e nível educacional sobre problemas emocionais e internalizantes. Destaca-se que a disciplina coercitiva se associou a todas subescalas dos problemas emocionais/comportamentais. Finalmente, os estressores da pandemia impactaram os problemas de conduta, emocionais, de relacionamento com pares, externalizantes e internalizantes. Evidenciou-se que fatores de distintas ordens acentuaram vulnerabilidades infantis no contexto da COVID-19.
Palavras-chave:
parentalidade; relações pais-criança; distúrbios do comportamento; COVID-19