RESUMO
Na região semiárida do Brasil, é comum a ocorrência de água com elevadas concentrações de sais, fator limitante à produção agrícola. O uso de estratégias de manejo da salinidade da água é uma alternativa capaz de minimizar os efeitos deletérios do estresse sobre as plantas. Objetivou-se avaliar as trocas gasosas e a produção da melancieira ‘Sugar Baby’, sob estratégias de irrigação com águas salinas e adubação nitrogenada. O experimento foi conduzido em delineamento de blocos casualizados, em esquema fatorial 6 x 2, com cinco repetições, sendo seis estratégias de irrigação com águas salinas aplicadas em diferentes estádios fenológicos da cultura (controle - irrigação com água de baixa salinidade durante todo o ciclo da cultura, e estresse salino na fase vegetativa, fase vegetativa/floração, floração, frutificação e maturação dos frutos) e duas doses de nitrogênio (50 % e 100 %, equivalentes a 50 mg e 100 mg de N kg-1 de solo). Foram estudados dois níveis de salinidade da água: um com baixa e outro com alta condutividade elétrica (0,8 dS m-1 e 3,2 dS m-1, respectivamente). A salinidade de 3,2 dS m-1 na fase vegetativa/floração e na maturação dos frutos diminui a abertura estomática, a transpiração e a taxa de assimilação de CO2. A dose com 50 % de N proporciona maior taxa de assimilação de CO2 e massa fresca dos frutos. A melancieira expressa maior sensibilidade ao estresse salino nas fases vegetativa e de floração, situação que resulta em diminuição no tamanho dos frutos.
PALAVRAS-CHAVE:
Citrullus lanatus; estresse salino; nitrogênio