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Caracterização química e bioenergética de grupos agronômicos de sorgo

RESUMO

A demanda e produção mundial de energia primária deverá crescer à taxa de 1,4 % ao ano, até 2035. No mesmo período, a produção de energias renováveis deverá crescer à taxa de 6,6 % ao ano, passando de 3 % para 9 % de energia primária mundial. Logo, a oferta de biocombustíveis assume papel estratégico para a segurança energética mundial. Neste contexto, o sorgo é uma alternativa promissora no setor bioenergético, devido às suas características agronômicas e adaptabilidade às condições edafoclimáticas limitantes. Objetivou-se avaliar o potencial produtivo de três grupos agronômicos de sorgo (biomassa, sacarino e forrageiro), bem como caracterizar quimicamente a biomassa desses materiais. Para isso, conduziu-se um experimento utilizando-se delineamento em blocos casualizados, no qual foram realizadas avaliações agronômicas, químicas (celulose, hemicelulose, lignina e cinzas) e teores de umidade. As cultivares de sorgo biomassa apresentaram alta produtividade (cerca de 30 t ha-1 de colmo seco), sendo, por isso, mais indicadas para a geração de biocombustíveis sólidos, isto é, queima direta. Já as cultivares de sorgo forrageiro apresentaram menor teor de lignina nos colmos, em relação às demais cultivares, sendo indicadas para a geração de biocombustíveis líquidos. Destaca-se, ainda, a possibilidade de produção de bioetanol de segunda geração a partir do bagaço de sorgo sacarino. Logo, o sorgo apresenta diferentes potenciais de uso que podem ser explorados pelo setor de bioenergia de acordo com o grupo agronômico e a parte física da planta.

PALAVRAS-CHAVES:
Sorghum bicolor; bioenergia; biocombustível

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