Este artigo aborda os principais aspectos da depressão, na contemporaneidade, visando distingui-la do luto e da melancolia. Para isso, tomamos como eixo teórico a noção, por nós postulada, de crença narcísica (objeto por excelência do tipo de sintoma depressivo aqui abordado). Procuramos demonstrar que a presença hegemônica da crença narcísica na subjetivação pode levar a uma forma de reação à perda que se distingue tanto do luto quanto da melancolia. Este tipo de depressão apresenta-se como uma das principais formas de sofrimento psíquico que aparecem na clínica psicanalítica contemporânea.
depressão; crença narcísica; luto; melancolia; contemporaneidade