Michel Foucault aborda os temas da loucura, saber, poder e ética, tendo como pano de fundo uma crítica à sociedade disciplinar e à normalização operada pela Psiquiatria e Psicanálise. Partindo sobretudo de Joel Birman, o presente artigo argumenta que resgatar o caráter crítico de Foucault em relação à Psicanálise é possibilitar uma prática clínica renovada em relação à psicose e à questão da cidadania. A absorção pela Psicanálise das críticas foucaultianas possibilita uma ação voltada ao cuidado efetivo da loucura, em detrimento de sua ação enquanto saber e exercício de poder sobre a mesma.
Foucault; Psicanálise; Normalização (disciplina); Poder; Ética