Resumo
Durante o percurso no ensino superior, os universitários se deparam com diversas atividades acadêmicas de falar em público (como, por exemplo, apresentações de seminários), que podem ser fortes causadores de ansiedade e afetos negativos, implicando prejuízos significativos para o rendimento acadêmico dos alunos e seus respectivos contextos sociais. Objetivou-se comparar grupos com e sem plateia em relação ao grau de ansiedade vivenciada frente a uma situação experimental de falar em público. Participaram 72 estudantes de psicologia, que foram submetidos ao Teste de Simulação de Falar em Público e responderam ao Inventário de Ansiedade de Beck, Inventário de Habilidades Sociais, Escala de Auto-Avaliação ao Falar em Público e Questionário Sociodemográfico e Ocupacional. Verificou-se que o grupo com plateia apresentou uma redução significativa do nível de ansiedade geral, subjetiva e autonômica após o discurso. Além disso, constatou-se que quanto mais elaborado o repertório de habilidades sociais gerais e de falar em público de um universitário e mais positivas as autoavaliações frente a essa tarefa, menor foi o grau de ansiedade experimentado nessa situação. Sugerem-se novas pesquisas com maior número de universitários, provenientes de diferentes cursos universitários, que permitam examinar as associações entre habilidades sociais, autoavaliações ao falar em público e ansiedade social.
Palavras-chave:
Falar em Público; Avaliação do Desempenho; Interação Social; Autoavaliação