O objetivo do artigo é discutir os temas da brincadeira de papéis sociais na Educação Infantil, revelados por meio de análise conduzida com base nos estudos da Psicologia Histórico-Cultural. Para Elkonin, na idade pré-escolar a brincadeira atinge o auge de seu desenvolvimento, e se caracteriza pela criação de uma situação imaginária, pela presença de regras e de papéis sociais. Foram observadas situações de brincadeira de crianças de quatro anos e meio a cinco anos e meio em 11 escolas da rede municipal de uma cidade de médio porte do interior paulista. A partir do registro das observações, foram identificadas 27 cenas de brincadeira de papéis. A análise dos dados colhidos confirma a tese de Elkonin de que o desenvolvimento da brincadeira de papéis relaciona-se com o que a criança conhece de sua realidade, e indica a necessidade do estabelecimento de certas condições para que esse desenvolvimento ocorra na Educação Infantil. Nesse sentido, discute-se a necessidade de uma mediação do professor calcada na compreensão da riqueza de implicações que a brincadeira de papéis tem para a formação da pessoa.
Educação Infantil; Brincadeira de Papéis; Psicologia Histórico-Cultural; Desenvolvimento infantil