RESUMO:
A adição de adjuvantes às caldas herbicidas visa preservar ou aumentar o efeito biológico do tratamento, porém é comumente realizada sem conhecimento das interações físico-químicas entre os produtos. Assim, objetivou-se neste trabalho avaliar os efeitos sobre a tensão superficial e o ângulo de contato decorrentes de diferentes sequências de adição do herbicida aminopiralide + fluroxipir e adjuvantes no preparo de caldas fitossanitárias. Foram realizados dois experimentos, com a dosagem de 1 e 2 L ha-1 do herbicida, associados aos adjuvantes óleo mineral (OM), copolímero de poliéter e silicone (SIL), mistura de fosfatidicolina e ácido propiônico (LEC), todos na proporção de 0,3% v v-1. A taxa de aplicação considerada foi de 150 L ha-1. Mediu-se a tensão superficial pelo método da gota pendente. O ângulo de contato foi medido nas superfícies adaxial e abaxial de folhas da planta daninha de pastagens Senna obtusifolia e em parafilme. Verificou-se que a ordem de preparo não alterou o ângulo de contato em nenhuma das superfícies analisadas na dosagem de 1 L ha-1 do herbicida. Para a dosagem de 2 L ha-1, os adjuvantes SIL e LEC apresentaram maior espalhamento quando adicionados previamente ao herbicida. O OM resultou em maior espalhamento quando adicionado após o herbicida, com maior cobertura da superfície. Portanto, a sequência de preparo das caldas fitossanitárias influencia no espalhamento destas sobre os alvos.
Palavras-chave:
adjuvantes; ordem de preparo; Senna obtusifolia