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Acúmulo de chiquimato, absorção e translocação do glyphosate em biótipos de buva

No Brasil, poucos trabalhos de pesquisas com mecanismos de resistência de plantas daninhas ao glyphosate foram conduzidos até o momento. Assim, o objetivo desta pesquisa foi estudar procedimentos analíticos para determinar a relação da concentração de chiquimato na planta após aplicação de glyphosate e a resistência da planta a este herbicida, bem como avaliar a absorção e translocação do herbicida glyphosate em dois biótipos de buva, resistente ® e suscetível (S) ao glyphosate. Plantas de buva com nove folhas definitivas receberam glyphosate (720 g e.a. ha-1), e 2, 3, 4, 7 e 10 dias após a aplicação (DAA) foi medida a concentração de ácido chiquímico da parte aérea, através de HPLC. Em outro experimento, as plantas foram tratadas com glyphosate radiomarcado (14C) (atividade específica de 1,456 MBq mmol-1), e a radioatividade foi determinada 4, 8, 24, 48 e 72 horas após o tratamento (HAT), por espectrometria de cintilação líquida. A concentração de chiquimato aumentou (16.351,14 e 7.892,25 mg kg-1 de matéria seca nas plantas R e S, respectivamente) aos 7 DAA. Portanto, o procedimento de quantificação do ácido chiquímico foi adequado para diferenciação das plantas R e S ao glyphosate, indicando que a população R estudada é resistente ao glyphosate. Em média, 98% do glyphosate aplicado foi absorvido pelos biótipos estudados 72 HAT. Cerca de 68% da radioatividade absorvida permaneceu nas folhas tratadas dos biótipos, sendo que o biótipo S foi o que mais translocou. Assim, o mecanismo de resistência no biótipo R estudado está relacionado com a translocação diferencial.

Conyza bonariensis; cromatografia líquida de alta eficiência; EPSPS; seleção; radioatividade


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