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Qualidade Fisiológica de Sementes de Soja em Função da Dessecação Pré-Colheita

RESUMO

O uso de dessecantes em pré-colheita pode favorecer a manutenção da qualidade fisiológica das sementes de soja. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade fisiológica de sementes de cultivares de soja em função do uso de dessecantes em pré-colheita e da época de dessecação, em duas safras (2011/12 e 2012/13). Os tratamentos consistiram no uso de cinco cultivares de soja, dois estádios fenológicos de aplicação, uma testemunha (sem aplicação de dessecante) e três dessecantes (glufosinato de amônio, carfentrazona-etílica e paraquat) (safra 2011/12). Na safra 2012/13, o dessecante carfentrazona-etílica foi substituído por diquat. A qualidade fisiológica das sementes foi avaliada pelo percentual de viabilidade e vigor (teste de frio, tetrazólio e envelhecimento acelerado). Na safra 2011/12, houve antecipação da colheita em seis dias com o uso dos dessecantes glufosinato de amônio e paraquat, quando a dessecação foi feita no estádio R7.1, com manutenção da qualidade fisiológica das sementes, porém foi dependente do cultivar. Na safra 2012/13 não houve antecipação de colheita em função da ocorrência de chuvas na pré-colheita, e o uso da dessecação não afetou a qualidade fisiológica das sementes. O cultivar NA5909 RG foi mais tolerante à permanência no ambiente de cultivo e manteve viabilidade superior a 90% e vigor de 71%, pelo teste de frio, quando comparado ao cultivar BMX Turbo (safra 2011/12). Conclui-se que a dessecação pode ser uma alternativa viável para a antecipação da colheita de soja, porém ela é dependente do cultivar, da época de dessecação, do princípio ativo do dessecante e da ausência de chuvas em pré-colheita.

Glycine max; viabilidade; dessecante; vigor

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