Resumos
O objetivo do presente trabalho foi avaliar a seletividade do herbicida halosulfuron isoladamente e na mistura com glyphosate, aplicados em pré e pós-emergência, para culturas de verão (milho, feijão, algodão e soja) e para culturas de inverno (aveia-preta, azevém, centeio, trigo e triticale). Foram instalados dois experimentos em campo, nas Fazendas Experimentais do Lageado e de São Manuel - UNESP - Botucatu-SP - Brasil. Os tratamentos foram constituídos da aplicação isolada do herbicida halosulfuron (100/150 g ha-1), em pré e pós-emergência, e em mistura de tanque halosulfuron + glyphosate NA e WG (100+4.000 g ha-1 e 100+2.000/4.000 g ha¹, respectivamente), em pré-emergência e em diferentes épocas de aplicação (2, 15 e 30 dias antes e 15 e 30 depois da semeadura). A intensidade da fitotoxicidade encontrada nas plantas das culturas de soja, milho, feijão, algodão e azevém foi devido à aplicação do herbicida halosulfuron, que esteve relacionada com dosagens, época e modo de aplicação. Quanto mais próximo da aplicação do halosulfuron em pós-emergência da semeadura das culturas, maiores foram as injúrias encontradas em suas plantas. Todos os tratamentos testados não proporcionaram sintomas de fitotoxicidade nas plantas de aveia-preta, centeio, trigo e triticale.
herbicidas; sulfoniluréias; fitotoxicidade
The objective of this research was to evaluate the selectivity of halosulfuron alone and in mixture with glyphosate sprayed on pre and post emergence on summer crops soybean, corn, bean, cotton and for winter crops black oats, ryegrass, rye, wheat and X Triticosacale. Two experiments were carried out at Experimental Station and São Manuel - UNESP - Botucatu-SP - Brazil. The treatments consisted of halosulfuron herbicide (100/150 g ha-1 ) on pre and post emergence application, and in tank mix of halosulfuron+glyphosate NA and WG (100+4000 g ha¹) respectively on pre emergence application and in different timings: 2, 15 and 30 days before and 15 and 30 days after crop seeding . The phytotoxicity in soybean, corn, bean, cotton and ryegrass plants was due to application of halosulfuron which has been related to rates, seasons and mode of application . The higher the rates of halosulfuron application to post emergence of the crops, the higher was the injury found in the plants. All treatments did not injured oat, rye, wheat and X Triticosecale plants.
herbicides; sufonylureas; phytotoxicity
ARTIGOS
Seletividade do halosulfuron isolado ou em mistura com glyphosate para culturas anuais
Selectivity of halosulfuron alone or in mixture with glyphosate for annual crops
Souza, L.S.I; Martins, D.II; Camposilvan, D.III; Velini, E.D.II; Palma, V.I
IEng.-Agrº, Prof. Dr., Departamento de Fitotecnia, FCAUNIMAR. Av. Higyno Muzzi Filho, 1001, Marília-SP 17525-902, <lsouza-ca@unimar.br>
IIEng.-Agrº, Prof. Dr., Departamento de Produção Vegetal, FCAUNESP, Caixa Postal 237, 18603-970 Botucatu-SP
IIIEng.-Agrº, Monsanto do Brasil Ltda., Av. Nações Unidas, 12.901, 7º andar, Torre Norte, 04578-000 São Paulo-SP
RESUMO
O objetivo do presente trabalho foi avaliar a seletividade do herbicida halosulfuron isoladamente e na mistura com glyphosate, aplicados em pré e pós-emergência, para culturas de verão (milho, feijão, algodão e soja) e para culturas de inverno (aveia-preta, azevém, centeio, trigo e triticale). Foram instalados dois experimentos em campo, nas Fazendas Experimentais do Lageado e de São Manuel - UNESP - Botucatu-SP - Brasil. Os tratamentos foram constituídos da aplicação isolada do herbicida halosulfuron (100/150 g ha-1), em pré e pós-emergência, e em mistura de tanque halosulfuron + glyphosate NA e WG (100+4.000 g ha-1 e 100+2.000/4.000 g ha1, respectivamente), em pré-emergência e em diferentes épocas de aplicação (2, 15 e 30 dias antes e 15 e 30 depois da semeadura). A intensidade da fitotoxicidade encontrada nas plantas das culturas de soja, milho, feijão, algodão e azevém foi devido à aplicação do herbicida halosulfuron, que esteve relacionada com dosagens, época e modo de aplicação. Quanto mais próximo da aplicação do halosulfuron em pós-emergência da semeadura das culturas, maiores foram as injúrias encontradas em suas plantas. Todos os tratamentos testados não proporcionaram sintomas de fitotoxicidade nas plantas de aveia-preta, centeio, trigo e triticale.
Palavras-chave: herbicidas, sulfoniluréias, fitotoxicidade.
ABSTRACT
The objective of this research was to evaluate the selectivity of halosulfuron alone and in mixture with glyphosate sprayed on pre and post emergence on summer crops soybean, corn, bean, cotton and for winter crops black oats, ryegrass, rye, wheat and X Triticosacale. Two experiments were carried out at Experimental Station and São Manuel - UNESP - Botucatu-SP - Brazil. The treatments consisted of halosulfuron herbicide (100/150 g ha-1 ) on pre and post emergence application, and in tank mix of halosulfuron+glyphosate NA and WG (100+4000 g ha1) respectively on pre emergence application and in different timings: 2, 15 and 30 days before and 15 and 30 days after crop seeding . The phytotoxicity in soybean, corn, bean, cotton and ryegrass plants was due to application of halosulfuron which has been related to rates, seasons and mode of application . The higher the rates of halosulfuron application to post emergence of the crops, the higher was the injury found in the plants. All treatments did not injured oat, rye, wheat and X Triticosecale plants.
Key words: herbicides, sufonylureas, phytotoxicity.
INTRODUÇÃO
O halosulfuron pertence ao grupo químico das sulfoniluréias e sua ação consiste na inibição da enzima acetolactato sintetase (ALS), responsável pela produção de três aminoácidos essenciais: valina, leucina e isoleucina (Mazur & Falco, 1989). Quando o halosulfuron é aplicado nas folhas, ele chega até o floema, onde é transportado para os meristemas foliares, interrompendo o desenvolvimento de novas células.
Estudos realizados com o herbicida halosulfuron (BSI, 1994) têm demonstrado controle eficiente para a tiririca (Cyperus rotundus) na cultura da cana-de-açúcar, sendo este herbicida totalmente seletivo à cultura (Galli, 1993; Mascarenhas et al., 1995). Foloni & Camposilvan (1997) e Christoffoleti & Aranda (2001) demonstraram a seletividade do halosulfuron em gramados no controle de várias invasoras. Entretanto, Mello et al. (2000) estudaram a seletividade de vários herbicidas, aplicados em pós-emergência, às plantas de alfafa e observaram que o halosulfuron apresentou elevada nota de fitotoxicidade (superior a 6), com maiores fitointoxicações e reduções na altura e produção de matéria seca da parte aérea destas plantas.
Estudos em várias culturas para a avaliação de seletividade de herbicidas, como o halosulfuron, são de extrema importância para o desenvolvimento de programas de controle de plantas daninhas em culturas anuais e de rotações de culturas.
Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a seletividade do herbicida halosulfuron isoladamente e também na mistura com glyphosate, aplicados em pré e pós-emergência, para as culturas de verão, como milho, feijão, algodão e soja, e para as de inverno, como aveia-preta, azevém, centeio, trigo e triticale.
MATERIAL E MÉTODOS
Foram conduzidos dois experimentos: no primeiro foram instaladas as culturas de verão na Fazenda Experimenta do Lageado (Botucatu-SP) e, no segundo, as culturas de inverno, na Fazenda Experimental de São Manuel (São Manoel-SP), ambas pertencentes à Faculdade de Ciências Agronômicas - UNESP - Botucatu-SP, em solos classificados como Terra Roxa Estruturada Distrófica, textura argilosa, e Latossolo Vermelho-Amarelo álico A moderado, textura média, fase cerrado tropical relevo ondulado, respectivamente. As características físico-químicas de ambas as localidades estão apresentadas na Tabela 1.
Utilizaram-se quatro culturas de verão: milho (Zea mays) variedade Pioneer 3041; feijão (Phaseolus vulgaris) variedade Carioca; algodão (Gossypium hirsutum) variedade IAC-22; e soja (Glycine max) variedade OCEPAR-4. As variedades foram semeadas na Fazenda Experimental do Lageado, no município de Botucatu-SP, no dia 6/2/1997. O preparo do solo foi efetuado no sistema convencional (uma aração e duas gradagens). O espaçamento utilizado nas entrelinhas foi de 0,50 m, para todas as culturas. A densidade de sementes utilizada na semeadura foi de 10, 15, 20 e 20 sementes m-1 para o milho, feijão, algodão e soja, respectivamente. A adubação foi de 450 kg ha-1 da fórmula (4-14-8).
Foram utilizadas cinco culturas de inverno: aveia-preta (Avena strigosa), azevém (Lolium multiflorum), centeio (Secale cereale), trigo (Triticum aestivum) e triticale (X triticosecale). As variedades foram semeadas na Fazenda Experimental de São Manuel-SP, no dia 18/6/1997. O preparo do solo foi efetuado no sistema convencional (uma aração e duas gradagens). O espaçamento utilizado nas entrelinhas foi de 0,20 m para todas as culturas. A densidade de sementes utilizada no plantio foi de 80 kg ha1 para aveia-preta, trigo, triticale e centeio e de 30 kg ha-1 para azevém. A adubação foi de 500 kg ha-1 da fórmula (4-14-8). Utilizou-se irrigação por aspersão com precipitações de 35 mm por semana, quando necessário, durante todo o período do experimento.
Os tratamentos químicos estudados nas nove culturas agrícolas estão apresentados na Tabela 2. Houve uma testemunha sem aplicação de herbicidas, que foi capinada. Foi utilizado o delineamento experimental em blocos ao acaso, com quatro repetições. As parcelas das culturas de verão (soja, milho, feijão e algodão) foram compostas de oito linhas de plantio, duas linhas para cada cultura por 2 m de comprimento, perfazendo um total de 8 m2; e as de inverno (aveia-preta, azevém, centeio, trigo e triticale), de 20 linhas de plantio, sendo quatro linhas para cada cultura, com 0,2 m de espaçamento na entrelinha por 2 m de comprimento, perfazendo um total de 1,6 m2 para cada cultura. Todas as parcelas experimentais foram mantidas livres da comunidade infestante através de capinas manuais.
Os herbicidas utilizados foram formulações comerciais de halosulfuron (750 g i.a. kg-1), glyphosate NA (360 g i.a. L-1) e glyphosate WG (720 g i.a. kg-1). O equipamento utilizado na aplicação dos tratamentos químicos foi um pulverizador costal de precisão, operado à pressão constante de CO2 a 1 kgf cm-2 e equipado com barra de aplicação, munido de pontas Teejet 110.03 XR e com consumo de calda de 150 L ha-1. O halosulfuron foi aplicado em mistura com espalhante adesivo Aterbane BR (mistura de condensado de alcoofenóis com óxido de eteno e sulfonatos orgânicos), na concentração de 0,5% v/v.
O vento apresentava-se em forma de rajada e oscilava entre 1,0 e 2,1 m s-1. Em virtude da ausência de infestações de pragas e doenças, não houve necessidade de tratamento fitossanitário.
Avaliou-se a possível fitotoxicidade dos herbicidas às plantas de soja, milho, feijão, algodão, aveia-preta, azevém, centeio, trigo e triticale, de forma visual, através de notas, em porcentagem, do máximo desenvolvimento da área foliar em cada cultura amostrada, em que a nota 100 correspondia a nenhuma injúria. A avaliação dos herbicidas testados foi feita aos 15, 45 e 75 dias após o plantio, em duas modalidades de aplicação: pré-semeadura aos 30 15 e 2 dias antes da semeadura (DAS) e em pós-semeadura aos 15 e 30 dias depois da semeadura (DDS).
Os resultados foram submetidos à análise de variância pelo teste "F", e as médias, comparadas pelo teste "t" a 5% de probabilidade.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Verifica-se para a cultura da soja (Tabela 3), que apenas os tratamentos que envolveram o herbicida halosulfuron proporcionaram injúrias nas plantas, independentemente da aplicação isolada ou em mistura com glyphosate, nas diferentes formulações testadas. Observa-se que apenas na avaliação inicial, aos 15 dias após a semeadura, não ocorreram injúrias nas plantas de soja, devido ao pouco tempo decorrido entre a aplicação e a avaliação. Os sintomas de fitotoxicidade foram relacionados com a época de aplicação: quanto mais próximo da aplicação do herbicida halosulfuron (dois dias antes da semeadura), mais rápido foi o aparecimento das injúrias, e, na maior dosagem (150 g ha-1), estas foram mais severas. As aplicações em pós-semeadura mostraram-se as mais tóxicas às plantas de soja, independentemente da dosagem e da época de aplicação, levando à morte de diversas plantas.
O halosulfuron, na dose de 100 g ha-1, aplicado aos 30 dias antes da semeadura, provocou apenas injúrias leves às plantas de soja. Os resultados para aplicação do halosulfuron 30 dias antes da semeadura, em termos visuais, mostraram-se satisfatórios; contudo, há necessidade de estudos que levem a cultura da soja até a produção, para aferir os efeitos destas injúrias sobre o rendimento de grãos. Deve-se ressaltar que a aplicação isolada de halosulfuron, acima de 30 dias antes da semeadura, provavelmente, deverá proporcionar injúrias menores às plantas de soja ou quase nenhuma injúria na mistura com glyphosate.
Observa-se, para a cultura do milho (Tabela 4), que somente os tratamentos envolvendo o halosulfuron proporcionaram injúrias às suas plantas, e apenas a dosagem de 100 g ha-1 aplicada de forma isolada antes da semeadura do milho (aos 2, 15, e 30 dias) não provocou visualmente nenhuma injúria à cultura. Entretanto, o halosulfuron na dose de 150 g ha-1 proporcionou sintomas de fitotoxicidade a partir da avaliação efetuada aos 45 dias após a semeadura. Quanto mais próxima da semeadura foi a aplicação do halosulfuron (150 g ha-1), de modo geral, maiores foram os sintomas de toxicidade encontrados nas plantas de milho. O halosulfuron em pós-semeadura mostrou-se mais tóxico às plantas de milho, independentemente da dosagem e da época de aplicação. A mistura do halosulfuron e glyphosate, com exceção da aplicação realizada aos dois dias antes da semeadura, proporcionou injúrias leves, que provavelmente não influenciariam a produtividade da cultura. No entanto, há necessidade de novos trabalhos que conduzam os experimentos até a produção, obtendo-se os seus rendimentos, para essa comprovação. Os sintomas de toxicidade encontrados nas plantas de milho foram: redução na altura de plantas e diminuição do volume de massa foliar.
Notam-se, para a cultura do feijão (Tabela 5), sintomas de fitotoxicidade apenas nos tratamentos em que se utilizou o halosulfuron independentemente de dosagens, misturas, modo e épocas de aplicação, exceto para a primeira avaliação, realizada aos 15 dias após a semeadura do feijão, em que os sintomas visuais de fitotoxicidade ainda não eram evidentes. De maneira geral, quanto mais próxima foi a aplicação do halosulfuron da semeadura do feijão, independentemente das dosagens e misturas testadas, mais evidentes e mais drásticas foram as injúrias.
Deve-se ressaltar que, na avaliação efetuada aos 75 dias, o halosulfuron (100 g ha-1) aplicado 30 dias antes da semeadura proporcionou injúrias leves às plantas de feijão. As aplicações em pós-semeadura mostraram ser as mais tóxicas às plantas de feijão, independentemente da dosagem e da época de aplicação estudadas.
Na Tabela 6, observa-se que apenas os tratamentos que envolveram a aplicação do halosulfuron proporcionaram injúrias às plantas de algodão, independentemente de dosagens, misturas, modo e época de aplicação. A aplicação efetuada aos 30 dias antes da semeadura do algodão foi a que proporcionou menos injúrias às plantas de algodão. Quanto mais próxima da semeadura do algodão foi a aplicação do halosulfuron (150 g ha-1), maiores foram os sintomas de toxicidade encontrados nas plantas de algodão. Também, as aplicações em pós-semeadura mostraram ser as mais tóxicas às plantas de algodão, independentemente da dosagem e da época de aplicação testada. Ressalta-se que a aplicação do halosulfuron 15 dias após a semeadura levou à morte grande quantidade de plantas, e, na sua maior dosagem (150 g ha-1), à morte completa das plantas das parcelas.
As injúrias provocadas pelos tratamentos que envolveram o halosulfuron nas plantas de soja, feijão e algodão variaram desde redução na altura e no volume de biomassa das plantas, passaram por cloroses e necroses e chegaram até morte de plantas, no caso da aplicação efetuada em pós-semeadura.
Na Tabela 7 é apresentado o efeito da aplicação do halosulfuron sobre as plantas de azevém. Independentemente das doses e misturas utilizadas, do modo e da época de aplicação, as plantas de azevém apresentaram toxicidade, exceto para a avaliação realizada aos 15 dias após a semeadura do azevém, em que não se observou nenhuma injúria, e na avaliação de 45 dias com aplicação em pré-semeadura do halosulfuron, 15 dias após a semeadura.
Os resultados encontrados na avaliação realizada aos 15 dias podem, talvez, ser explicados de duas maneiras: o halosulfuron necessita de um certo período de tempo para mostrar seus sintomas, ou, ainda, o produto precisa também de um certo tempo para atingir o sistema radicular do azevém e ser absorvido, sendo neste caso auxiliado provavelmente pelas irrigações realizadas após a semeadura da cultura. Resultados obtidos por Machado et al. (2000) sobre a eficiência do halosulfuron (150 g ha1 +Aterbane-0,25% v/v) no controle da tiririca em pós-emergência demonstraram que a aplicação do halosulfuron sob estresse de até -2,6 MPa controlou satisfatoriamente a tiririca, desde que irrigada até 24 horas após a aplicação; quando a irrigação ocorreu 48 horas após, houve comprometimento na translocação do herbicida nas plantas, porém, quando o estresse foi menor que -2,0 Mpa, o herbicida manteve-se eficaz no controle de tiririca, principalmente para aquelas com Yw de -0,35 Mpa.
Os sintomas de toxicidade encontrados nas plantas de azevém foram redução da altura de plantas e diminuição do volume da massa vegetal. Esses resultados foram evidenciados por Mello et al. (2000) para as plantas de alfafa. Em todas as avaliações, verificou-se que a dose de 150 g ha-1 de halosulfuron proporcionou sintomas mais drásticos de fitotoxicidade que a dose de 100 g ha-1 e que as épocas de aplicação influenciaram os resultados, sendo mais drásticos os sintomas de fitotoxicidade quanto mais próxima foi a aplicação do halosulfuron, da semeadura da cultura. Deve-se ressaltar que por ocasião da última avaliação, aos 75 dias após a semeadura, houve alguma recuperação nos sintomas visuais de fitotoxicidade, porém mantendo-se ainda drásticos. Todos os tratamentos químicos testados não proporcionaram sintomas de toxicidade nas plantas de aveia-preta, centeio, trigo e triticale.
Nas condições edafoclimáticas em que se conduziu a presente pesquisa, pode-se concluir que a intensidade da toxicidade encontrada nas plantas das diversas culturas estudadas (soja, milho, feijão, algodão e azevém) se deveu à aplicação do herbicida halosulfuron e esteve relacionada com a dosagem, a época e o modo de aplicação, com a maior dosagem utilizada (150 g ha-1) provocando as injúrias mais severas. De acordo com o modo de aplicação pós-emergência e quanto mais próxima a aplicação do halosulfuron da semeadura das culturas (soja, milho, feijão, algodão e azevém), maiores foram as injúrias encontradas em suas plantas. A cultura do milho foi, dentre as estudadas, a que menos sofreu injúrias devido à aplicação dos tratamentos que envolveram o halosulfuron. Contudo, há necessidade de pesquisas que conduzam a cultura, não só do milho como as demais analisadas, até a produção, para aferir os efeitos destas injúrias sobre o rendimento de grãos. Todos os tratamentos químicos testados não proporcionaram sintomas de intoxicação nas plantas de aveia-preta, centeio, trigo e triticale, independentemente das doses e misturas utilizadas, do modo e da época de aplicação dos herbicidas.
LITERATURA CITADA
Recebido para publicação em 30/7/2001 e na forma revisada em 17/12/2001.
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Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
06 Out 2009 -
Data do Fascículo
Dez 2001
Histórico
-
Aceito
17 Dez 2001 -
Recebido
30 Jul 2001