RESUMO:
Consórcios entre a cultura do milho e espécies forrageiras são comumente utilizados para a implantação ou renovação de pastagens. O uso de doses reduzidas de herbicidas seletivos ao milho tem facilitado a convivência pela redução da competitividade das espécies forrageiras. Objetivou-se avaliar nesta pesquisa os efeitos de subdoses de mesotrione no consórcio entre milho e U. brizantha sobre a dinâmica populacional de plantas daninhas, rendimento do milho e desempenho e qualidade nutricional da forrageira. Utilizaram-se cinco doses de mesotrione (0; 9,6; 19,2; 38,4; e 57,6 g ha-1), mais o milho e a forrageira cultivados solteiros. A densidade de indivíduos e a massa seca de plantas daninhas foram influenciadas pelas doses de mesotrione, pelo cultivo consorciado e pela distribuição de chuvas ao longo do período avaliado no consórcio e na pastagem formada. Em consórcio, Alternanthera tenella e Commelina benghalensis foram as espécies de maior importância relativa, por não terem sido controladas pelo herbicida. Após o consórcio, na pastagem formada, A. tenella e C. benghalensis apresentaram maior importância relativa (IR) no período chuvoso, e Conyza bonariensis e A. tenella, maior IR no período seco. O rendimento de grãos de milho não foi afetado pela presença do capim, porém o rendimento forrageiro do capim foi afetado pela competição com o milho. As doses de mesotrione não afetaram o rendimento e a qualidade nutricional da forrageira. Os efeitos nos teores de material mineral, proteína bruta e fibra em detergente ácido na forragem foram provenientes da convivência promovida com o milho, quando comparado à testemunha cultivada solteira.
Palavras-chave:
Zea mays L.; competição; herbicida; integração lavoura-pecuária; plantas daninhas
Thumbnail
Thumbnail
