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Editorial

EDITORIAL

EDITORIAL1 1 Texto baseado na tese de doutorado intitulada Formação de professores: conhecendo a forma de organização das especializações e as necessidades do professor para a prática de uma educação inclusiva; de autoria de Maria Júlia Lemes Ribeiro, defendida pelo Programa de Pós-Graduação em Educação, Faculdade de Educação da USP.

A busca do ser humano pela sobrevivência o tem colocado diante de desafios que o impulsionam a procurar respostas, alternativas para o enfrentamento de adversidades de todas as ordens. Nesta trajetória, necessidades são superadas e outras criadas, e para tanto, o conhecimento tem se constituído numa ferramenta, que direciona e possibilita ao homem assumir características e posturas acordantes com determinada época e cultura.

Nesse sentido, também a educação é influenciada pelas diferentes formas de viver, pensar, seja num sentido mais amplo - de transmissão da produção humana às novas gerações - seja no sentido específico da educação na escola. Às universidades tem ficado a tarefa de empenhar-se em formar profissionais capazes de responder às demandas do meio social. No entanto, da universidade se tem exigido adequação de suas estratégias com as condições produtivas contemporâneas em todos os segmentos da sociedade. Isto significa pensar que essa instituição é desafiada a estabelecer um equilíbrio entre a transmissão de um universo de conhecimentos e a formação de cidadãos conscientes éticos e críticos. Em que pese às diferentes variantes que compõem e estruturam uma instituição complexa como o é a de ensino superior, poder-se-ia dizer que uma possibilidade de equilibração estaria provavelmente na condução do tripé pesquisa, ensino e extensão. A articulação destas atividades pode gerar a produção de novos conhecimentos que enriqueçam o arsenal acadêmico e ao mesmo tempo o instrumentalizem com uma visão que abranja as competências intelectual, técnica e política. É com esta perspectiva que ora apresentamos este periódico, que cumpre sua função de contribuir não só para o debate acerca da produção de conhecimento aqui sistematizada, mas também para a construção de uma educação que ¨... não se curva às necessidades do mercado, mas encontra caminhos coletivos de parceria, de aproximação, para realizarem projetos produtivos e de vanguarda na produção do conhecimento¨. (Behrens, 1996 p.45). São apresentados estudos que focam, em sua maioria, questões do ambiente escolar, ricamente desenvolvidos sob os títulos: Habilidades sociais e variáveis sociodemográficas em estudantes do ensino fundamental; Felicidade, bem-estar subjetivo e comportamento acadêmico de estudantes universitários; Níveis de maturidade vocacional de alunos de 14 a 18 anos do Rio Grande do Sul; Ensino de habilidades de vida na escola: uma experiência com adolescentes; Metodologias feministas e estudo de gênero: articulando pesquisa,clínica e política; Concepções de desenvolvimento e de aprendizagem no trabalho do professor; Tensões que afetam os espaços de educação á distância; Adaptação da AMPS-Escolar para crianças brasileiras de 4 a 8 anos; Verbalizações de alunos de odontologia sobre a inclusão de pessoas com deficiência; Atividades em pequenos grupos na educação física: jogos de significações; Percepção de alunos do ensino fundamental quanto ao clima de sala de aula para criatividade; Práticas educativas positivas favorecem o desenvolvimento da empatia em crianças; e Discursos de pais e alunos sobre o aprender: um estudo no quinto ano de escolaridade. Além destes, outros são apresentados que versam sobre a área de Psicologia de forma geral, que são: Escala de racismo moderno: adaptação ao contexto brasileiro; Pesquisa e acontecimento: o toque no impensado; Dinâmica das relações em famílias com um membro portador de dermatite atópica: um estudo qualitativo; A participação do pai nos cuidados da criança: segundo as concepções de mães; Sobrecarga de familiares de usuários de um centro de atenção psicossocial; Moralidade e sociabilidade em Frankl: um norte para superação da violência; Vínculos e redes sociais em contextos familiares e institucionais: uma reflexão conceitual; e Desenvolvimento da sensibilidade ao contraste para freqüências espaciais em crianças.

A contribuição dos estudos e pesquisas socializados com a comunidade em geral está também na possibilidade de conhecer e reconhecer os envolvidos no processo de educação como um todo, de sorte que os conhecimentos prévios já construídos e produzidos sobre determinado grupo possam constituir-se em refeerências históricas que subsidiarão a elaboração de novos conhecimentos e a organização de práticas efetivas de atuação.

REFERÊNCIAS

Behrens, M. A. (1996). Educação: caminhos e perspectivas. Curitiba: Champagnat.

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    Texto baseado na tese de doutorado intitulada
    Formação de professores: conhecendo a forma de organização das especializações e as necessidades do professor para a prática de uma educação inclusiva; de autoria de Maria Júlia Lemes Ribeiro, defendida pelo Programa de Pós-Graduação em Educação, Faculdade de Educação da USP.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      14 Mar 2007
    • Data do Fascículo
      Dez 2006
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