O estudo investiga o impacto da introdução de uma nova classe de erros no subteste de leitura do Teste de Desempenho Escolar na distribuição dos escores. Participaram do estudo 306 crianças de 1ª a 4ª séries da rede de ensino de Belo Horizonte. Para cada participante foram conferidos dois escores: um estabelecido a partir de critério do manual (EB1) e o outro a partir do critério adotado no presente estudo (EB2) - que considerou incorretas as respostas de silabação e de correção espontânea. Os resultados mostraram que a adoção do critério EB2 tornou o teste mais discriminativo, mas não impediu o aparecimento de um efeito de teto, nem proporcionou uma distribuição normal dos escores. As análises mostraram que, além do critério permissivo, o excesso de palavras fáceis e a escassez de palavras difíceis prejudicaram a variabilidade dos escores. Hipóteses sobre a dificuldade das palavras são discutidas à luz da psicolinguística.
reconhecimento de palavras; critérios de acertos; poder de discriminação de itens