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Do “HIV-profecia” ao “HIV-território”: um estudo de caso sobre juventude, subjetividade e ativismo em HIV/aids

From “HIV-prophecy” to “HIV-territory”: a case study about young people, subjectivity, and HIV/AIDS activism

Resumo

Neste artigo aborda-se iniciativas individuais e coletivas de jovens ativistas em HIV/aids e seus desdobramentos na produção de subjetividade. Teve-se como objetivo compreender os significados do engajamento no movimento social de aids e suas inflexões na produção do jovem vivendo com HIV/aids, a partir da experiência de um interlocutor. Trata-se de estudo de caso integrante de etnografia sobre experiências de pessoas vivendo com HIV/aids que vivem no interior do Rio Grande do Norte, feita com 17 interlocutores diagnosticados há mais de um ano. Dois motivos nortearam a seleção do caso: ser jovem com uma experiência construída em torno de eixos de diferenciação e de enunciação de si e por ter demonstrado inserção como ativista. As informações foram obtidas mediante entrevistas semiestruturadas e observação participante. Por meio de análise contextual, integrada e relacional, a arte como linguagem política do ativismo em HIV/aids se colocou com possível de transformar um “vírus-profecia”, maldição que espreita homens gays, em um “vírus-território”, lugar de acessos a cuidado em saúde, afetos, trocas e experiências de alteridade. Por fim, destaca-se como a relação entre arte e ativismo em HIV/aids permite a produção de narrativas positHIVas que se colocam como uma Sociologia das Ausências.

Palavras-chave:
HIV/aids; experiência com a enfermidade; ativismo político; arte; minorias sexuais e de gênero; geração; subjetividade

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