Resumo
O transplante cardíaco configura-se como uma proposta terapêutica para a insuficiência cardíaca avançada, após esgotadas todas as possibilidades de um tratamento conservador. A complexidade tecnológica do processo justifica a atuação de uma equipe multiprofissional especializada, que iniciará o acompanhamento dos usuários tão logo que indicada a necessidade de sua realização. A partir dos princípios epistemológicos e ético-políticos da interdisciplinaridade e da integralidade, este artigo se propõe a analisar a relevância do trabalho interdisciplinar na construção das linhas de cuidado para a realização do transplante cardíaco. Parte-se do pressuposto de que o êxito do procedimento envolve, para além das técnicas profissionais, o reconhecimento da ideia de centralidade do usuário durante todo o acompanhamento. Neste sentido, cabe à equipe interdisciplinar identificar as intersubjetividades e necessidades de saúde de cada usuário como condição para a garantia do cuidado integral. Como proposta metodológica oriunda da abordagem qualitativa, adotou-se a revisão integrativa, que, por meio da pesquisa bibliográfica e documental, buscará analisar os sentidos e significados atribuídos à temática do trabalho multiprofissional no cuidado em diferentes produções da Saúde Coletiva.
Palavras-chave:
Integralidade; Equipe de Assistência ao Usuário; Cuidado; Transplante de Coração