Resumo
A valorização e o registro do conhecimento tradicional sobre plantas medicinais é objetivo de políticas públicas nacionais e estaduais. Nesse sentido, a Política Intersetorial de Plantas Medicinais e Fitoterápicos no Rio Grande do Sul preconiza, dentre outros aspectos, estimular a pesquisa sobre plantas medicinais, priorizando as espécies nativas. Verifica-se a redução da ocorrência das espécies medicinais levando à perda do conhecimento tradicional devido à redução das áreas naturais e à desvalorização dos saberes tradicionais pelas novas gerações. Nesse contexto, o presente trabalho visou realizar pesquisas bibliográfica e documental sobre o uso de plantas medicinais no Rio Grande do Sul e consolidar esses estudos compondo material para a compilação de uma listagem única das espécies mais utilizadas com fins medicinais no estado. Utilizou-se metodologia quanti-qualitativa com pesquisa bibliográfica e análise documental. A compilação de dados resultou em uma lista de mais de 280 espécies vegetais distribuídas em mais de 80 famílias botânicas. Verificou-se que das 20 espécies vegetais mais usadas, menos de 50% são nativas, fato muito relacionado à diversidade cultural do estado. Esse trabalho culminou na publicação da Relação Estadual de Plantas Medicinais de interesse do Sistema Único de Saúde no Rio Grande do Sul (REPLAME/RS).
Palavras-chave:
plantas medicinais; medicina popular; etnobotânica(o); uso medicinal; uso popular