Resumo
A dificuldade para os portadores de diabetes mellitus tipo 2 mudarem os estilos de vida conforme as orientações profissionais possui magnitude considerável. Tal fato contribui para manter o controle da doença aquém do desejável, e pode levar ao aumento da morbimortalidade e custos para o sistema de saúde, com complicações que poderiam ter sido evitadas. Este estudo qualitativo, diante da importância de se compreender este fenômeno para melhor intervenção, explora narrativas e experiências de 10 portadores de diabetes na cidade de Salvador, comparando-as com a literatura a fim de analisar como determinantes sociais lhe são influenciadores. Conclui-se que é um fenômeno multifatorial, e aspectos como concepções sobre a doença e seu controle, uso e acesso aos serviços de saúde, relacionamento profissional-paciente, suporte social, e ambiente, personalizam cada vivência com a doença, facilitando ou não a motivação para a mudança. Profissionais de saúde e poder público devem se sensibilizar para tais aspectos, e encontram no texto sugestões para contribuir na mitigação de dificuldades e facilitar um estilo de vida preventivo aos adoecidos.
Palavras-chave:
Diabetes mellitus tipo II; Estilos de vida; Estudo qualitativo; Prevenção e controle; Determinantes sociais da saúde